Scania inicia oferta de caminhão a gás com autonomia de 900 km

AutoIndústria

 

A aposta da Scania no gás como agente de transição que busca transporte de carga neutro em carbono ganhou reforço com aumento da oferta na linha de caminhões.

 

A fabricante inicia a oferta de opções com autonomia para 900 km e um novo motor de 460 cv. As primeiras entregas estão previstas para o primeiro trimestre de 2024.

 

Com as novas alternativas, a Scania espera providenciar ferramentas que, até então, a gama atual – alcance até 500 km e motores de 280 cv, 340 cv e 410 cv – não atendia.

 

Em uma primeira resposta, a fabricante desenvolveu o X410. A proposta, baseada sobre chassi 6×2 ou 8×2 com distância alongada de entre-eixos onde acomoda oito cilindros de cada lado do veículo, somando capacidade para 406 m³ gás. Na prática, promete autonomia de 900 km.

 

Segundo Marcelo Gallao, diretor de desenvolvimento de novos negócios, a ideia é oferecer veículo para longas distâncias, mas sem penalizar a capacidade de carga útil com aumento de pesos dos cilindros.

 

“Em composição do tipo Romeu e Julieta poderá carregar até 30 pallets e capacidade para 56 toneladas, se 6×2, ou 29 toneladas de peso bruto total combinado na configuração 8×2. E agora, com possibilidade de viagens de Norte ao Sul do País ao poder superar as ausências de pontos de abastecimento no mapa.”

 

Depois, ao mesmo tempo em oferece mais autonomia, a Scania também incorpora na linha a gás opção de motor de 460 cv. Embora se mantenha com autonomia de até 500 km, pela impossibilidade de acrescentar cilindros ao cavalo-mecânico, a nova potência permite atender aplicações rodoviárias na faixa de 65 toneladas, em composições com até sete eixos.

 

Desde que iniciou a oferta de caminhões a gás, que também estão prontos para funcionar com biometano, em 2019, a Scania já entregou 750 unidades. “No acumulado, devemos superar 1 mil veículos neste ano”, estima Alex Nucci, diretor de vendas. “Até 2025, esperamos que o caminhão a gás represente entre 10% e 15% da produção nacional”, aposta. (AutoIndústria/Décio Costa)