Com mercado em marcha lenta, Volks suspende produção

O Estado de S. Paulo

 

A Volkswagen vai parar a produção nas suas três fábricas de automóveis no Brasil devido à estagnação do mercado, mesmo após as medidas do governo federal, lançadas no início do mês, para ampliar as vendas de modelos que custam até R$ 120 mil.

 

Segundo a montadora, a fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o modelo T-Cross, já está com um turno em lay-off (suspensão temporária de contratos de trabalho) desde o dia 5, com duração prevista de dois a cinco meses. O outro turno parou as atividades na segunda-feira passada, e só retorna no dia 3, mas os funcionários terão o período de paralisação descontado do banco de horas.

 

A unidade de Taubaté (SP), onde são fabricados o Polo Track (único da marca a ser beneficiado pelo pacote do governo) e o Novo Polo, estará com os dois turnos de produção interrompidos no mesmo período, também em regime de banco de horas. Já a fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), que produz o Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, protocolou férias coletivas de dez dias para seus dois turnos de produção a partir de 10 de julho. Somente a planta de motores em São Carlos (SP) segue funcionando normalmente.

 

A empresa informa que “todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em acordo coletivo firmado entre o Sindicato dos Metalúrgicos e colaboradores da Volkswagen”. OUTRAS MONTADORAS. A GM pretende colocar em lay-off 1,2 mil trabalhadores em São José dos Campos (SP) por dez dias a partir de segunda-feira. A unidade produz a S10 e a Trailblazer, além de componentes.

 

No início do mês, a Hyundai interrompeu a produção do HB20 em Piracicaba (SP) por três dias – que emendaram com o feriado de Corpus Christi. A Renault também suspendeu a produção em São José dos Pinhas por uma semana neste mês, apesar de o preço da versão de entrada do compacto Kwid ( um dos modelos produzidos na fábrica) ter caído para R$ 58.990 depois do desconto de R$ 10 mil anunciado após as medidas do governo. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)