Anfavea quer postos de combustível em campanha para incentivar uso de etanol

O Estado de S. Paulo Online

 

Montadoras e governo estudam medidas para incentivar o uso do etanol em carros flex, medida que contribuiria para a redução de emissões enquanto o País espera uma política mais consistente voltada a carros híbridos flex e, futuramente, elétricos.

 

Uma das possibilidades é usar os postos de combustíveis nessa missão, com os próprios frentistas informando as vantagens para o meio ambiente no uso do etanol e até oferecendo brindes, como lavagem gratuita ou a criação de um programa de pontos que seriam acumulados no abastecimento com etanol.

 

“Hoje há um desconhecimento sobre o uso do etanol; o consumidor não sabe a pegada ambiental”, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), Márcio de Lima Leite. Atualmente, mais de 70% dos consumidores abastecem os automóveis flex com gasolina.

 

Segundo as fabricantes, um carro flex movido a etanol emite 60% menos CO2 na atmosfera na comparação com um abastecido com gasolina.

 

Redução de preços

 

Eventual redução do preço do combustível ainda não está na agenda. Questionado sobre o tema, o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, limitou-se a relembrar que, quando era governador em São Paulo, reduziu o ICMS do etanol para 12%, enquanto o da gasolina foi mantido em 25%.

 

Alckmin disse também que há estudos para ampliar a mistura do etanol na gasolina de 27% para 30%.

 

O presidente da Anfavea informou que as montadoras trabalham na melhora da eficiência do uso do etanol nos automóveis, hoje de 70% em relação à gasolina.

 

O vice-presidente participou na tarde desta quarta-feira, 14, de seminário promovido em Brasília com o tema “Conduzindo o futuro da eletrificação no Brasil”.

 

Realizado durante todo o dia no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o evento reuniu executivos da maioria das montadoras, das fabricantes de autopeças, do setor de revenda de veículos e membros de vários ministérios, como o de Minas e Energia, Desenvolvimento e Meio Ambiente. (O Estado de S. Paulo Online/Cleide Silva)