Além de carro, governo inclui ônibus e caminhão em pacote

O Estado de S. Paulo

 

O programa para baixar os preços de carros novos de até R$ 120 mil foi lançado ontem com a inclusão de caminhões e ônibus. O desconto ao comprador de automóveis de passeio vai variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil – conforme foi antecipado no sábado pelo Estadão – e entre R$ 33,6 mil e R$ 99,4 mil para ônibus e caminhões. As vendas R$ 0,11

 

Será a alta, em setembro, do preço do diesel com a volta de parte dos tributos. O restante do reajuste ocorrerá em janeiro de carros serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias. Depois disso, empresas também poderão aderir. No caso de ônibus e caminhões, os beneficiários terão de retirar de circulação veículos com mais de 20 anos, que irão para reciclagem. Os descontos serão concedidos até a demanda chegar a um limite: R$ 300 milhões para ônibus, R$ 500 milhões para carros e R$ 700 milhões para caminhões. Para bancar o pacote, o governo vai antecipar a volta da cobrança de impostos federais sobre o diesel.

 

O governo federal lançou ontem um programa de R$ 1,5 bilhão para baixar os preços de carros populares, caminhões e ônibus, segmentos que se queixam de dificuldade para ampliar as vendas diante do cenário de juros altos e queda do poder aquisitivo dos consumidores. O anúncio incluiu programa de renegociação de dívidas de pessoas físicas, o Desenrola, prometido ainda na campanha eleitoral, que vai vigorar a partir de julho. O desconto para carros de passeio vai variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil e entre R$ 33,6 mil e R$ 99,4 mil, para ônibus e caminhões.

 

As vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 60 dias. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa.

 

O programa, inicialmente idealizado para reativar apenas a venda de veículos com preço até R$ 120 mil, numa tentativa de resgate ao chamado “carro popular”, foi reformulado para abranger caminhões e ônibus e dar uma “roupagem verde”. Isso porque, no caso de ônibus e caminhões, veículos com mais de 20 anos terão de sair de circulação. O anúncio do pacote coincidiu com o Dia Mundial do Meio Ambiente.

 

A proposta, segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, é retirar modelos antigos de circulação. A expectativa do governo é de que a entrega de veículos velhos às sucatas deverá trazer ganhos adicionais para a indústria, entre eles a queda no preço da matéria-prima usada pelas fundições. Como nos carros, haverá um período exclusivo de vendas com desconto para pessoas físicas, limitado a duas semanas.

 

Ao lado de Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o programa é responsável do ponto de vista fiscal. Os descontos nos preços e na forma de bônus serão concedidos até a demanda chegar ao limite máximo do custo do programa: R$ 300 milhões para ônibus, R$ 500 milhões para carros e R$ 700 milhões para caminhões. (O Estado de S. Paulo/Adriana Fernandes)