Jornal do Carro
Em janeiro deste ano, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estabeleceu um índice de correção da autonomia dos carros elétricos. Esse índice reduz em torno de 30% o alcance declarado pelas marcas. A mudança, de acordo com o órgão, visa fornecer um cálculo mais realista, no qual o motorista possa atingir. Pois, agora, o Inmetro validou o critério e acrescentou uma nova portaria que atualiza os requisitos para avaliação de consumo energético do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV).
A atualização engloba novos parâmetros para calcular os índices poluentes, bem como revê os métodos específicos nos testes de modelos elétricos com base na ABNT. Por fim, o documento reduz a tolerância de desvio dos testes de 8% para 6%.
Inmetro estabelece prazo para mudanças
Cabe dizer que a divulgação da tabela atualizada de autonomia começou a valer em fevereiro deste ano. Entretanto, segundo o documento, todas as marcas têm até o dia 30 de setembro para atualizar sites, redes sociais e propagandas com os mesmos dados de autonomia e consumo energético do Inmetro.
Assim, as montadoras não vão poder utilizar outros padrões internacionais nos veículos elétricos e híbridos. Afinal, até agora, era comum usar valores no padrão europeu WLTP (o mais usado no mercado brasileiro). Ou no EPA, dos norte-americanos. Ou ainda no padrão NDEC, dos chineses.
Além disso, vale reforçar que mesmo as montadoras que já usam o padrão nacional, como BYD e Caoa Chery, precisam rever seus conceitos. Isso porque, em ambas as montadoras, a autonomia dos carros elétricos e híbridos também terá um corte de 30% no alcance das baterias.
Seja como for, a redução vai impactar os dados até então divulgados pelas marcas. É o caso, por exemplo, do Volvo XC40. Por conta da nova etiquetagem brasileira, o modelo terá o alcance reduzido de 420 km para 231 km. Ou seja, uma correção de 45% da autonomia informada. (Jornal do Carro/Jady Peroni)