Diário do Transporte
Há em torno de 23 mil (23.021) ônibus a menos rodando no Brasil em comparação com sete anos atrás.
De acordo com o Anuário Estatístico – 2023 da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em 2015 (dado consolidado) circulavam no Brasil, 346.923 ônibus, entre escolares, urbanos, fretamento e rodoviários. O ano foi o pico de frota de ônibus desde 2000.
Em 2022 (último dado consolidado), eram 323.902 ônibus.
Entre 2015 e 2022, a quantidade de ônibus no Brasil foi reduzindo ano a ano.
A queda no período foi de 6,6%
Cenário diferente do que ocorreu com os carros, cujo aumento de frota foi anual.
São vários fatores que podem ser debatidos para o entendimento dos números, em especial, a perda de passageiros para os meios individuais de deslocamentos, que fizeram com que linhas urbanas e metropolitanas fossem remodeladas, serviços extintos e intervalos entre os ônibus, ampliados. O segmento de ônibus urbanos responde pela maior parte da frota de coletivos, seguido por escolares.
Ocorreu também no período expansão de linhas metroferroviárias em grandes regiões metropolitanas, como de São Paulo, mas nestes casos, o impacto é pequeno, uma vez que o crescimento das redes de trilhos é pequeno e, dependendo do nível de integração, uma região atendida por trens e metrô pode demandar mais ônibus, que atuam como alimentadores e colhedores.
A frota de 323.902 ônibus representa uma pequena parte entre todos os tipos de veículos no Brasil. De acordo com o anuário, os ônibus (de todos os tipos) respondem por apenas 0,7% da frota total de 46 milhões 149 mil e 320 veículos em geral.
O dado mostra também a eficiência dos ônibus, mesmo sem corredores e infraestrutura adequadas, já que, em média, os ônibus respondem por 30% dos deslocamentos urbanos.
Ou seja, menos de 0,7% de uma frota transportam 30% de uma população. Isso sem levar em conta que 0,7%, de acordo com o anuário, são todos os ônibus, e não apenas os urbanos e metropolitanos.
O anuário não especifica a frota por tipo de ônibus: escolares, urbanos/metropolitanos, fretamento e rodoviários. (Diário do Transporte/Adamo Bazani)