AutoIndústria
A Volkswagen Caminhões e Ônibus enxerga um ano promissor para o mercado. A expectativa é de crescimento de até 10% sobre as 17 mil unidades vendidas no ano passado. A estimativa segue direção oposta da projeção, até agora apresentada, pela própria Anfavea de queda por volta de 5%.
Para Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda da marca, apesar de a indústria ter atravessado o primeiro trimestre atípico, em especial pela mudança na legislação ambiental, há no horizonte próximo tendência de ascensão.
Caminho da Escola e renovação de frota
“Altas e baixas são comuns ao mercado brasileiro de ônibus. O ano começou confuso, mas apresentava desde o ano passado movimento de recuperação do pós-pandemia. Também ocorrerá novo processo de licitação para Caminho da Escola para lote 11,4 mil ônibus, edital que deve sair em junho ou julho”, adiantando que espera conquistar ao menos 60% do volume licitado.
Alouche ainda lembra de grandes cidades, São Paulo, por exemplo, estão com a renovação obrigatória de frota atrasada, que deverá demandar ônibus ou atualização de concessões de subsídios.
“E apesar dos juros altos, não se pode negar tendência de queda daqui frente, bem como a melhoria no crédito. Na pandemia muitos empresários ficaram inadimplentes, condição que também vai ficando para trás. Estou animado com o segundo semestre.”
Demanda de chassi urbano
O otimismo do executivo tem ainda registro de 500 unidades de chassi Euro 6 já vendidos. Compras feitas com predominância para o segmento de operações urbanas, de modelos com motor dianteiro.
Cabe contextualizar que mais de 98% dos emplacamentos de chassis no primeiro quadrimestre, de 7,6 mil unidades, foram de produtos Euro 5, produzidos no ano passado. “As negociações para os chassis Euro 6 começam efetivamente agora”, acredita Alouche. (AutoIndústria/Décio Costa)