“Nano locação”: como funciona o aluguel de carros por minutos ou horas

Jornal do Carro

 

Com os preços dos carros 0-km nas alturas, a tendência é que as plataformas de aluguel e assinatura de veículos se tornem ainda mais populares. E uma modalidade que está avançando no mercado é a de “nano locação”. Na prática, significa que o cliente pode alugar um modelo ou mesmo moto e scooter por um curto período de tempo como, por exemplo, algumas horas. Entretanto, a cobrança neste caso é feita por minuto.

 

O Jornal do Carro noticiou que a modalidade está disponível para scooters elétricos em São Paulo, por meio da plataforma Flou. Nela, é possível alugar a moto por a partir de R$ 0,90 o minuto. No entanto, o aplicativo da startup Ucorp também oferece o mesmo serviço para carros elétricos. Este é o caso, por exemplo, do Peugeot e-2008. No app, o SUV está disponível por R$ 0,39/minuto.

 

“Hoje o cliente que precisa alugar um veículo paga pelo valor da diária. Mas em nosso serviço adotamos a cobrança por minuto, a nano locação. Ou seja, o cliente paga apenas pelo tempo de uso em um determinado trajeto”, resume o CEO e fundador da Ucorp, Guilherme Cavalcante.

 

Preço do aluguel varia

 

Diversas montadoras já aderiram ao serviço de aluguel. Peugeot, BMW e Land Rover são algumas delas. Afinal, é uma boa visibilidade para os veículos elétricos, já que o cliente pode escolher o tempo de duração do aluguel. Assim, tem um contato mais específico e detalhista com o carro, muito além de um simples test drive. Ou seja, pode aumentar a probabilidade de compra de modelos elétricos no País.

 

Na plataforma Flou são três faixas de preço. Para os carros elétricos premium, o valor é de R$ 1,19 por minuto. Carros intermediários contam com uma faixa entre R$ 0,39 e R$ 0,59/minuto. Por fim, as motos elétricas partem de R$ 0,99. Dessa forma, no caso do Peugeot e-2008, duas horas de locação equivalem a R$ 56.

 

Não é carsharing

 

Embora seja similar em alguns aspectos, a “nano locação” não é a mesma coisa que carsharing. Isso porque além de proporcionar preços mais acessíveis, contempla outras questões como, por exemplo, o seguro. Assim como acontece na assinatura de carros, a nova modalidade inclui o seguro no serviço. Além disso, oferece sistemas de monitoramento e rastreamento, bem como a recarga para os modelos 100% elétricos. Dessa forma, o cliente é responsável apenas por despesas particulares, como estacionamentos ou pedágios.

 

Seja como for, tudo vai depender de plataforma para plataforma. Ou seja, é necessário colocar no papel e ver se vale a pena. Para isso, basta baixar o aplicativo e fazer um cadastro. Após esse processo, o cliente tem acesso ao mapa geral onde há locais para retirar e devolver os carros, bem como pontos de recarga. De acordo com a plataforma, o app já é suficiente para abrir o veículo. Ou seja, não precisa de chave. O pagamento, por sua vez, é feito de forma online, através de um cartão cadastrado. Nele, o motorista será cobrado por tempo de uso e despesas extras. Por fim, basta devolver em uma das bases da empresa.

 

Mais serviço

 

Mas não para por aí. Há outros aplicativos com o serviço de “nano locação”, como a Beep. A empresa opera em diversas regiões como São Paulo, São José dos Campos, Campinas, entre outros. Os carros disponíveis no catálogo são o Caoa Chery Arrizo 5e e o Renault Zoe. A taxa de serviço é de R$ 9,90 e a cobrança é feita de acordo com o tempo de uso. Assim, quanto mais rodar com o veículo, menor o valor.

 

Outra que também atua no mercado brasileiro é a Awto. A empresa chilena conta com uma frota de 200 carros na capital paulista. Na tabela, um SUV tem preço inicial de R$ 0,63 por minuto. Entretanto, nesse caso, o quilômetro também é cobrado com uma taxa de R$ 0,90. (Jornal do Carro/Jady Peroni)