AutoIndústria
A falta de componentes pode eventualmente afetar as metas do ano, mas a Kia Brasil está confiante quando à obtenção de resultados positivos em 2023. Com crescimento de 15,4% no primeiro quadrimestre, a empresa vê perspectiva de expandir vendas acima de 45% até dezembro, emplacando entre 8 mil e 8,5 mil unidades, ante as 5,5 mil de 2022.
O principal trunfo da marca é o Bongo K2500 4×4, que foi apresentado no final de março e teve estreia junto ao público na Agrishow, realizada em Ribeirão Preto, SP, na primeira semana deste mês. Na ocasião, o diretor de operações da Kia Brasil, Gustavo Gandini, destacou as diversas aplicações do produto no agronegócio, em especial na agricultura familiar.
“A versão 4×4 de tração integral, que substitui em definitivo a 4×2 com a vantagem de enfrentar condições mais rigorosas de rodagem, incluindo estradas de terra, atrairá consumidores de segmentos que ainda não atendíamos “, comentou Gandini. “É uma das razões de estarmos apostamos que em 2023 teremos desempenho acima da média do mercado”.
O risco de não se atingir a projeção para o ano concentra-se na capacidade de produção, prejudicada hoje, segundo o empresário, pela falta de semincondutores e de componentes de motor e câmbio, entre outros.
Com relação à rede de concessionárias, composta por 70 pontos de venda, o executivo diz que por enquanto não há planos de expansão. Isso poderá ocorrer em 2024 a partir dos resultados deste ano e das melhores condições globais de abastecimento de peças.
Com 902 emplacamentos no primeiro quadrimestre, o Bongo é o carro-chefe da Kia hoje no Brasil. Os outros dois modelos mais vendidos da marca são o Stonic (368) e o Sportage (312).
Entre os atrativos do seu caminhão leve, que já está disponível na rede na versão 4×4 com preço promocional de R$ 164.990, a empresa destaca a classificação como VUC (Veículo Urbano de Carga), o que permite livre circulação onde os caminhões pesados são proibidos de transitar e a sua condução por motorista que tem apenas a CNH (carteira de habilitação) categoria B (mesma de veículos leves).
Produzido atualmente no Uruguai, o Bongo tem motor 2.5 turbodiesel de 130,5 cv associado a câmbio manual de seis velocidade e capacidade para transportar por volta de 1.500 kg de carga líquida. Lançado no Brasil em 20o7, inicialmente importado da Coreia, o modelo acumula mais de 57 mil unidades licenciadas localmente, das quais 33 mil vindas da linha de montagem do país vizinho. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)