Participação dos eletrificados no Brasil é de apenas 3,4%

AutoIndústria

 

Apesar dos elevados índices porcentuais de crescimento de vendas e do consequente ganho de espaço no mercado, a participação dos veículos leves eletrificados no Brasil, incluindo os híbridos e os 100% elétricos, ainda é extremamente baixa.

 

Com 14.794 unidades comercializadas no trimestre, o market share limita-se a 3,4% este ano, índice que no mesmo período de 2022 estava em 2,5%. No caso dos 100% elétrico, com apenas 1.975 unidades no acumulado dos três primeiros meses, a participação é de somente 0,5%.

 

Com relação ao mesmo período de 2220, quando foram emplacados 9.882 automóveis e comerciais leves híbridos e elétricos, a variação positiva das vendas internas chegou a 49,7%.

 

“Em março, foram licenciados 5.990 veículos do gênero, 39,27% mais do que em fevereiro e 55,71% acima do registrado em março do ano passado. Importante destacar, contudo, que os porcentuais são altos, mas os volumes ainda são muito baixos”, comenta o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr.

 

O Brasil não produz nenhum carro 100% elétrico, certamente um dos motivos de sua ínfima participação. Além dos importadores, que têm investido forte nesse segmento, a maioria das marcas com produção local tem procurado oferecer menos um modelo do gênero para o consumidor brasileiro. Entre as exceções está a Volkswagen, que recentemente anunciou para o segundo semestre deste ano o lançamento  do Id 3.

 

No caso dos híbridos, há oferta local por parte da Toyota, como Corola e Corola Cross, e da Caoa Chery. Stellantis e Volkswagen garantem estar em processo de desenvolvimento de modelos híbridos flex para produção no Brasil, mas ainda não divulgaram datas sobre quando os projetos sairão do papel.

 

Com relação à produção futura dos 100% elétricos, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, diz ser necessário acabar com o Imposto de Importação zero para esses modelos. “Precisamos ter previsibilidade. Ninguém vai investir em produção local se não houver alíquota nenhuma para trazer o elétrico de fora”.

 

A Abeifa já disse concordar com isso e inclusive encaminhou projeto nesse sentido ao governo. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)