Sentra tem belo visual e fica mais recheado

Jornal do Carro

 

O Nissan Sentra está de volta ao Brasil. Feito no México, o sedã tem preço competitivo e vem repleto de equipamentos. Avaliamos a versão Exclusive, de topo da linha, cuja tabela parte de R$ 171.590.

 

O único opcional é o chamado “interior premium”, oferecido por R$ 1.700. O motor é o 2.0 a gasolina com injeção direta, que gera 151 cv de potência e 20 mkgf de torque. O câmbio automático do tipo CVT simula oito velocidades e há até “borboletas” atrás do volante.

 

Segundo a Nissan, o Sentra vai de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos e chega a 200 km/h. O conjunto garante boas acelerações e retomadas. Além disso, pode rodar 11 km por litro na cidade e 13,9 km na estrada.

 

Ao volante, a sensação é de estar a bordo de um sedã clássico. A cabine tem acabamento caprichado, com muitas peças macias ao toque e arremates bem-feitos. Além disso, o porta-malas tem 466 litros e o entre-eixos é de 2,70 metros.

 

A posição de dirigir é baixa, o que acompanha a altura do modelo, de 1,45 metro. Ou seja, o Sentra é 18 cm mais baixo do que o Jeep Compass Sport, por exemplo. Porém, o sedã é comprido e largo. Isso não chega a atrapalhar, uma vez que há vários assistentes eletrônicos, como a câmera de 360º, que facilita muito as manobras.

 

A versão Exclusive também traz sistemas semiautônomos de direção, como frenagem de emergência e farol alto automáticos, além de assistente de permanência na faixa de rolagem. Há, ainda, alerta de ponto cego, seis air bags e controles de estabilidade e tração.

 

O visual do novo Sentra, inspirado no do “irmão” maior, Altima, chama bastante a atenção. Os faróis estreitos se prolongam pelas laterais e aumentam a impressão de maior largura. A grade tem uma grande entrada de ar central contornada pelo “V” cromado e a moldura preta brilhante. O capô é longo e repleto de vincos.

 

As rodas de liga de 17 polegadas com acabamento diamantado dão um toque esportivo. Mas o ponto alto é o ressalto da carroceria nas colunas traseiras, o que deixa a linha de cintura mais alta – o teto pintado de preto parece flutuar. Já as lanternas horizontais invadem a tampa do porta-malas.

 

Boa estreia

 

O Sentra já é o terceiro sedã médio mais vendido do Brasil em 2023, com 453 emplacamentos em março. Ficou atrás do Toyota Corolla, com 3.865 unidades, e do BMW Série 3, com 671.

 

É cedo para avaliar o desempenho no mercado, mas o Nissan chega com mais apetite que os antigos rivais. O Civic, por exemplo, que também ganhou nova geração, somou apenas 76 vendas. Uma das explicações é que o Honda agora é híbrido e custa R$ 244.900.

 

O novo Sentra passa a ser uma opção interessante ao Corolla por reunir a maioria dos atributos esperados em um sedã médio. Ou seja: belo visual, dimensões generosas e cabine caprichada. Para um projeto recente, certos itens desapontam, como o arcaico freio de estacionamento por pedal e as lanternas com lâmpadas halógenas. Fora isso, o pacote da versão Exclusive agrada. (Jornal do Carro/Diogo Oliveira)