Estradão
Decidida a não ter mais veículos dependentes de combustível de origem fóssil, a Volvo Caminhões quer testar no Brasil caminhões GNL. Ou seja, gás na sua forma líquida. Mas de origem vegetal. De acordo com o presidente da Volvo Caminhões na América Latina, Wilson Lirmann, o gás a partir de resíduos renováveis faz mais sentido na operação de transporte porque contribui para anular a emissão de CO2 na frota de veículos comerciais.
Nesse sentido, a marca deve trazer em breve caminhões movidos a GNL para a região. O Brasil é um mercado foco, mas possivelmente esses caminhões estreiem primeiro nos países vizinhos. Isso devido à infraestrutura ainda estar em desenvolvimento por aqui. Apesar de Lirmann não informar quais países da região receberão os primeiros caminhões a gás da marca, sabe-se que Argentina e Chile já dispõem de tecnologia mais desenvolvida.
“Ainda não temos veículos GNL rodando na região, mas estamos realizando os estudos. A industrialização desse combustível na sua forma líquida é mais complicada no Brasil porque demanda uma infraestrutura mais cara e complexa. Mas acreditamos no GNL por ser mais eficiente em relação ao GNV”, explica Lirmann.
Volvo a GNL
O Volvo bio-GNL chegou ao mercado europeu há cinco anos. O modelo pode rodar longas distâncias rodoviárias. Isso com infraestrutura de abastecimento. Afinal, no seu estado líquido a autonomia do veículo é similar a de um caminhão a diesel.
Ademais, com o combustível de origem vegetal é possível cortar 100% das emissões de CO2. Isso porque o combustível renovável pode ser feito a partir de vários tipos de resíduos orgânicos, como resto de alimento, óleos de origem vegetal e animal, bagaço e sobras de plantações. No velho continente, a Volvo já comercializa modelos FH e FM a gás com as mesmas potências das versões diesel.
Zero emissão
No Brasil, a Volvo trouxe no final do ano passado o FM Eletric. O caminhão 100% elétrico veio para testes com clientes locais. Da mesma forma, a marca aproveita para reciclar a rede e o pós-venda para receber caminhões elétricos nos próximos anos. (Estradão/Andrea Ramos)