Pesados são destaque no sistema de consórcio

AutoIndústria

 

Os números em geral são positivos e o consórcio de veículos, incluindo leves, pesados e motocicletas, tem bons motivos para comemorar o balanço de 2022. As adesões avançaram 9,4%, ultrapassando a venda de 3 milhões de novas cotas, e os negócios evoluíram 12%, totalizando quase R$ 144 bilhões em volume de créditos comercializados.

 

Dos 7,49 milhões de consorciados ativos em veículos automotores, 56,5% têm interesse em comprar um carro ou comerciais leves, 34,8% estão de olho numa moto e 8,7% nos veículos pesados. Esse último é o segmento de menor participação, mas, em contrapartida, é o que vem apresentando os melhores resultados;

 

O consórcio que reúne caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas apresentaram crescimentos bastante significativos, conforme balanço divulgado pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio. As vendas de novas cotas no segmento tiveram expansão de 65,8%, saltando de 182,6 mil em 2021 para 302,7 mil no ano passado.

 

O número de participantes subiu 41,7%, para 655 mil, o e volume de créditos comercializados teve alta de 6,7%, para R$ 41,8 bilhões.

 

Um dado curioso no caso dos pesados e a redução de 41,1% do tíquete médio – de R$ 272,7 mil para R$ 160,6 mil -, reflexo, segundo a entidade, da aquisição de cotas de valores menores, o que contribuiu para o decréscimo no volume de créditos concedidos, para R$ 49,2 bilhões.

 

As mais de 43 mil contemplações só de caminhões ao longo de 2022 corresponderam à potencial compra de 34,3% do mercado interno, que totalizou 124,46 mil unidades vendidas, segundo dados da Fenabrave. Ou seja, um a cada três caminhões comercializados no País foi adquirido pela modalidade.

 

No segmento de veículos leves, foram mais de 1,5 milhão de novas cotas vendidas e mais de R$ 80 bilhões em negócios realizados. Houve crescimento ainda em participantes ativos, tíquete médio e créditos concedidos e, respectivamente, 6,3%, 14,2% e 8,8%. O tíquete médio em dezembro chegou a R$ 50 mil.

 

No mercado de duas rodas, houve alta em todos os indicadores. Na soma anual das vendas de novas cotas, 8,9% sobre o atingido em 2021, com a média mensal chegando a 101,8 mil adesões, ante as 93,68 mil do período anterior. O tíquete médio apontou alta de 18,9% no ano passado, superando R$ 18 mil.

 

As mais de 670 mil contemplações no ano passado corresponderam a potencial compra de 49,5% do mercado interno, que totalizou 1,36 milhão de unidades, segundo dados da Fenabrave. O porcentual correspondeu a uma moto a cada duas comercializadas no país. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)