Confiança do Consumidor avança 0,9% em janeiro, aponta ACSP

Diário do Comércio

 

O Índice Nacional de Confiança (INC), que mede o ânimo do consumidor brasileiro, avançou 0,9% em janeiro de 2023, na comparação com dezembro do ano passado. Com a alta, o indicador, que é apurado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), passou a registrar 108 pontos em uma escala de zero a 200.

 

Na comparação com janeiro de 2022, o INC registra um aumento de 22,7%. A confiança do consumidor segue a tendência crescente iniciada em maio de 2021, avançando no campo otimista (acima de 100 pontos). A sondagem foi realizada com 1.700 famílias em todo o território nacional.

 

De acordo com a pesquisa, houve aumento da confiança nas regiões Nordeste, Sudeste e Norte. Já no Centro-Oeste, o INC diminuiu, enquanto no Sul, a pesquisa mostrou estabilidade.

 

Na abertura por classes socioeconômicas notou-se elevação generalizada da confiança, com aumento para as classes C e DE e estabilidade nas classes AB.

 

Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, “a percepção negativa das famílias em relação às finanças pessoais diminuiu em relação ao mês anterior, com a maior estabilidade no emprego. As expectativas positivas sobre a situação financeira futura e as evoluções da economia do país e da região de moradia seguiram exibindo aumentos mais intensos que os observados em dezembro.”

 

O economista lembrou ainda que a melhora da confiança estimula o consumo de itens de maior valor agregado. “A melhora da percepção sobre a situação atual e o otimismo cada vez mais elevado em relação ao futuro resultaram em um número maior de entrevistados interessados em comprar carro, casa, e bens duráveis como geladeira e fogão, além de maior disposição para investir”, disse Gamboa

 

O INC de janeiro mostra aumento na confiança do consumidor baseado fundamentalmente na melhora das expectativas com relação à situação financeira futura.

 

A elevação registrada em janeiro, contudo, foi mais moderada do que nas leituras anteriores, o que poderia ser explicado pela desaceleração da atividade econômica, que resulta em menor geração de emprego e renda.

 

Para o economista da ACSP, a evolução da confiança do consumidor durante os próximos meses dependerá, fundamentalmente, da trajetória da taxa básica de juros (Selic). (Diário do Comércio)