Brasil fecha 2022 como maior mercado de veículos comerciais do continente

Truck & Bus Builder América do Sul

 

O Brasil foi novamente o maior mercado sul-americano de vendas caminhões com o volume de 126.642 unidades durante o ano passado, embora tenha registrado queda de 1,6% na comparação. com os 128.679 licenciamentos efetivados em 2021. Outra liderança do Brasil foi ter o Volvo FH 540 o caminhão preferido do continente sul-americano com o licenciamento de 8.317 veículos. Também no segmento de ônibus, o Brasi foi o líder de vendas, com o total de 17.357 unidades, volume que superou em 23,4% os 14.062 veículos vendidos em 2021.

 

Os números dos resultados do Brasil foram revelados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), e os dos outros países das respectivas entidades – ACAU (Associação dos Concessionários Automotores do Uruguai), no Uruguai, Acara (Associação dos Concessionários de Automotores da República Argentina), na Argentina, ANAC (Associação Nacional Automotriz do Chile), no Chile, ANDEMOS (Associação Nacional de Mobilidade Sustentável), na Colômbia, AAP, no Peru.

 

Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai divulgaram os resultados de vendas de veículos de 2022, mas o levantamento não incluiu Bolívia, Equador e Venezuela que ainda não divulgaram os seus balanços.

 

A primeira surpresa foi da Colômbia que se classificou na segunda posição do continente em vendas de veículos comerciais, com o total de 41.634 unidades comercializadas entre caminhões, tractocaminhões (cavalos mecânicos) e miniônibus e ônibus, e aumento de 17,1% em relação às unidades do período anterior.

 

Diferente do Brasil, que produz e vende maior volume de caminhões extrapesados, dedicados ao transporte de grãos, cargas diversas e passageiros em itinerários urbanos e deslocamentos rodoviários, na Colômbia, os veículos de maior procura foram os da categoria com PBT até 10,5 toneladas, com liderança da marca Chevrolet, com 6.688 unidades, seguida pela Foton, com 4.511 e Renault, com 3.762 unidades.

 

Na categoria tractocaminhões, os veículos mais vendidos foram os da International, com 1.372 unidades, seguidos pelos da Foton, com 1.257 e pelos da Kenworth, com 1.193. A Volkswagen ficou na quinta posição, com 821 e seguida pela DAF, com 565; Mercedes-Benz, em 452 e Scania, com 269 unidades.

 

Em ônibus os veículos elétricos da BYD dominaram o mercado, com 996 unidades, seguidos pelos da Chevrolet, com 622 e pelos da Scania, com 575. A Mercedes-Benz ocupou a quarta posição, com 335 veículos, e a Iveco a sétima, com 142.

 

O Chile classificou-se na terceira posição, com o total de 19.160 unidades, entre caminhões e ônibus, com crescimento de 2,1% em comparação com os 18.755 veículos vendidos em 2021. Segundo a ANAC (Associação Nacional Automotriz do Chile), o resultado é o melhor dos últimos anos, 44,44% superior ao total de 13.272 vendidos em 2020, e 17,24% sobre o volume de 16.342 faturados em 2019, antes da pandemia de covid-19.

 

Foram 16.038 caminhões, com queda de 5,1% em comparação com a venda de 16.898 unidades em 2021, e 3.122 ônibus, 67,1% acima dos 1.868 comercializados em 2021.

 

Os ônibus produzidos no Brasil ocuparam as três primeiras posições, com liderança da Volvo, com 828 unidades e 29,0% de participação de mercado, seguida pela Mercedes-Benz, com 703 (24,9%) e pela Scania, com 585 (20,9%).

 

O Peru, país que sofreu um recente episódio político com a deposição do presidente da república e a eleição de seu sucessor, encerrou o ano de 2022 em quarto lugar com 17.729 unidades, total formado por 12.543 caminhões, 2.768 tractocaminhões e 2.418 ônibus e miniônibus, o que representou o crescimento de 0,4% em comparação com as 17.651 unidades acumuladas em 2021.

 

Em caminhões houve queda de 2,9%, com 12.543 unidades, abaixo das 12.919 unidades vendidas no ano anterior. O segmento de tractocaminhões (cavalos mecânicos) atingiu a venda de 2.768 veículos, 0,3% acima das 2.761 unidades registradas em 2021. E a categoria formada por ônibus e miniônibus confirmou o período de ascensão de vendas dos últimos meses, em recuperação do recesso durante a pandemia, e licenciou 2.418 veículos, 22,7% acima das 1.971 unidades vendidas em 2021.

 

No mercado total, a Volvo foi a marca líder, com o total de 2.035 unidades, seguida pela Isuzu, com 2.031 unidades e pela Mercedes-Benz, com 1.595. O segmento de caminhões, o mais forte do mercado, teve a liderança da Isuzu, com a venda de 2.028 caminhões e a participação de 16,2%, seguida pela Fuso, com 1.362 veículos e 10,9 do mercado e pela Volvo, com 1.277 veículos e 10,3%.

 

Os tractocaminhões (cavalos mecânicos) atingiram a venda de 2.768 veículos, 0,3% acima das 2.761 unidades registradas em 2021. A Volvo foi a líder dessa categoria com a venda de 625 veículos e a participação de 22,6%, à frente da Scania, com 582 unidades e 21,2% do mercado. Atrás dessas empresas classificaram-se duas marcas norte-americanas: a International, com 484 veículos e 17,5%, e a Freightliner, com 365 unidades e 13,7% do mercado.

 

A categoria formada por ônibus e ônibus confirmou o período de ascensão de vendas dos últimos meses, em recuperação do recesso durante a pandemia e licenciou 2.418 veículos, 22,7% acima das 1.971 unidades vendidas em todo o ano passado. A Mercedes-Benz foi a líder dessa categoria, com 688 veículos e 28,5% de participação, superando em 60,4% as 429 unidades registradas em 2021. Na segunda posição classificou-se a Hyundai, com 270 veículos, 11,2% do mercado e queda de 12,3% em comparação às 308 unidades vendidas em 2021.

 

Surpresa negativa foi a Argentina, primeiro país da América do Sul a contar com a instalação de uma fábrica de veículos no final da segunda década de 1920. Tradicionalmente, um dos líderes sul-americanos, fechou 2022 em quinto lugar, com a venda de 14.666 veículos (caminhões e ônibus), o que corresponde a retração de 0,6% em relação ao resultado obtido em 2021, com 14.761 unidades.

 

A Mercedes-Benz foi a líder por marcas, com 5.639 veículos e a participação de 38,4% do mercado, embora tenha caído 2,5% em relação às 5.741 unidades vendidas em 2021. A marca com maior ascensão em 2022 na Argentina foi a Iveco com a venda acumulada de 4.806 veículos e crescimento de 15,9% sobre as 4.147 unidades vendidas em 2021, o que representou 32,8% de participação do mercado.

 

O veículo mais vendido na Argentina foi o Iveco 170E com 2.079 unidades, volume 14,9% superior às unidades comercializadas no ano anterior. O segundo classificado foi o Mercedes-Benz Accelo 815, com 782 veículos.

 

O Uruguai encerrou o ano de 2022 na sexta posição, com a venda acumulada de 2.893 veículos comerciais pesados (caminhões, ônibus e miniônibus), 6,74% abaixo das 3.102 unidades vendidas no ano anterior, segundo dados da ACAU (Associação dos Concessionários Automotores do Uruguai). O segmento de caminhões alcançou 2.776 unidades, 4,37% abaixo dos 2.903 veículos registrados em 2021. Em ônibus e miniônibus foram vendidas 217 unidades, 9,05% acima dos 199 veículos do ano anterior. O desempenho positivo foi registrado no segundo semestre, com a entrada em operação de 164 novos ônibus e miniônibus, contra apenas 53 nos primeiros seis meses de 2022.

 

A categoria de caminhões, a mais importante do mercado uruguaio, foi liderada pela Volkswagen, com o total de 625 veículos, o que correspondeu a 22,51% de participação, à frente da chinesa JAC, que registrou 540 unidades e 19,45%.

 

Na categoria ônibus e miniônibus, a liderança foi da Hyundai, com 64 unidades, seguida pela Renault, com 58 unidades, pela Mercedes-Benz, com 30 unidades, e Scania e Volvo, com 25 veículos cada. (Truck & Bus Builder América do Sul)