Solução esquecida pelas montadoras pode reduzir drasticamente as emissões de poluentes dos veículos

Olhar Digital

 

Atualmente, temos cerca de 1,5 bilhão de veículos rodando no mundo, logo, é difícil imaginar que até 2035 todos os modelos a combustão vão sair de cena ou serão simplesmente trocados por carros elétricos. Uma solução mais simples ignorada pelas grandes montadoras é melhorar a queima de combustível nos motores a combustão, o que pode ser feito adicionando uma “pitada” de hidrogênio à equação.

 

Diferente dos automóveis movidos a hidrogênio, esse processo funciona até em modelos antigos e não depende de postos de abastecimento modernos para funcionar, basta trocar alguns componentes eletrônicos e pronto. Dá até para aproveitar o mesmo motor.

 

Assim como a gasolina ou diesel, o hidrogênio é um gás combustível – com a vantagem de armazenar três vezes mais energia que a gasolina. O grande obstáculo é a sua produção. É aí que entra a eletrólise, uma técnica que só precisa de eletricidade, água e sal para gerar hidrogênio e oxigênio.

 

No fim, o H2 (que se forma através da ligação covalente entre dois átomos de hidrogênio) é combinado com o combustível fóssil na entrada de ar do carro, resultando em um processo de queima muito mais limpo.

 

O Autoevolution testou um Range Rover turbo-diesel antigo equipado com um sistema relativamente simples capaz de fazer tudo isso. Segundo a publicação, a solução era bastante eficiente, melhorou o torque e acabou com a fumaça escura gerada no escape do veículo.

 

Isso acontece porque o hidrogênio queima dez vezes mais rápido que o diesel e inflama partículas de combustível fóssil não queimadas, resultando em emissões muito mais baixas.

 

Falando em emissões, a redução de poluentes foi na ordem de quase 80%. A eficiência na economia de combustível também pode melhorar bastante dependendo do carro. A má notícia é que apenas pequenas empresas ainda produzem sistemas como esse no exterior.

 

Um motorista que fez o mesmo em um veículo a diesel ano 2006 obteve resultados ainda melhoras, registrando um consumo impressionante de apenas 2 litros de combustível a cada 100 km. No YouTube, um vídeo do Project Farm também mostra como um dispositivo parecido feito pela empresa americana HHO funciona na prática.

 

No fim das contas, resta saber se algum dia a solução pode ganhar o apoio das montadoras, aumentando o acesso a essa tecnologia. Motores a diesel com injeção de hidrogênio chegaram a ser testados nos anos 1970, mas eram caros demais na época e acabaram sendo descartados antes mesmo de chegar até a linha de montagem. (Olhar Digital)