No segmento premium, BMW amplia vantagem sobre vice-líder

AutoIndústria

 

Afetado pela falta de semicondutores, o segmento de carros premium teve retração mundialmente e também no Brasil, onde as vendas recuaram 5,4%, baixando de 39,6 mil em 2021 para 37,5 mil no ano passado, na soma dos negócios das cinco marcas mais tradicionais com atuação local, que são BMW, Mercedes-Benz, Audi, Volvo e Land Rover.

 

A líder BMW teve queda similar à da média do mercado de luxo e fechou 2022 com 13.795 licenciamentos e participação de 36,8%. A Mercedes-Benz saltou da quarta colocação para a segunda no comparativo interanual. Suas vendas cresceram 16,2%, de 5.412 para 6.290 unidades, o que garantiu a marca alemã fatia de 16,7%.

 

Vale lembrar que em 202o, após o encerramento de suas atividades fabris no Brasil, a Mercedes-Benz teve expressiva queda de 59% nas vendas locais. A partir dos números fornecidos pela Fenabrave, verifica-se que a diferença entre a líder e a vice-líder do segmento premium atingiu 20,1 pontos porcentuais em 2022.

 

No ano anterior, o segundo lugar foi ocupado pela Volvo, com 8.277 emplacamentos e participação de 20,9%, ou seja, 15,8 pontos porcentuais de diferença em relação à primeira colocada no ranking. A marca sueca foi a que teve maior queda no ano passado. Recuo de 36,3%, para 5.270 unidades, o que lhe garantiu a quarta posição entre as marcas premium mais vendidas no País.

 

Na terceira colocação ficou a Audi, com 5.485 unidades emplacadas, queda de 12,4% e fatia de 14,6% no ano passado. A Land Rover ocupou a última posição neste ranking nos últimos dois anos. Suas vendas caíram quase 30%, de 5.169 para 3.650 unidades.

 

Balanço mundial

 

A BMW divulgou nesta quarta-feira, 11, o balanço mundial do grupo em 2022. A empresa vendeu um total de 2.100.692 unidades, recuo de 5,1% sobre os números do ano anterior. Com tal desempenho, consolidou a liderança no segmento premium global.

 

Dentre outros dados, revelou também que a marca também teve um forte crescimento de 35,6% em veículos eletrificados, que atingiram vendas mundiais da ordem de 372.956 veículos.

 

“O atraente portfólio de produtos da marca está se mostrando extremamente popular entre os clientes”, destaca nota da BMW, informando aumento de pedidos de modelos como o X1, iX1, i4, iX e i7.

 

Com relação a 2021, Pieter Nota, membro do Conselho de Administração da BMW AG e responsável por cliente, marcas e vendas., disse que a intenção é manter o curso de crescimento lucrativo. “O foco claro será em continuar a aumentar a eletromobilidade. O próximo marco para 2023 é que 15% de nossas vendas totais venham de veículos totalmente elétricos. Com o lançamento do BMW i5 no final do ano, damos mais um passo importante rumo à eletrificação de nossa linha de modelos”, concluiu o executivo. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)