Jornal do Carro
Instituições financeiras e órgãos públicos são alvo de hackers, e também os carros. Afinal, há cada vez mais tecnologias e chips eletrônicos a bordo dos veículos. As montadoras querem evitar esse tipo de situação a qualquer custo. Por isso, várias marcas trabalham para aumentar a segurança cibernética. Neste caso, aprimorando a criptografia dos sistemas.
Fabricantes como Ford, GM, Nissan e Stellantis, entre outras, já começaram a agir. A criptografia é a “barreira virtual” feita para impedir a invasão de hackers no sistema de um veículo. Ou seja, o perigo vai além do roubo de dados e pode até interferir até na direção, por exemplo, ou na desativação de dispositivos de segurança. Ou, então, no limite de velocidade.
Entretanto, se por um lado os bloqueios criptográficos evitam problemas, por outro eles criam novos tópicos. Afinal, a proteção extra pode impedir que preparadores de façam ajustes de performance em modelos esportivos. Por causa disso, os kits de performance independentes podem virar coisa do passado. Pelo menos para Ford Mustang S650, Chevrolet Corvette C8 e a dupla Charger e Challenger, da Dodge, entre outros muscle cars tradicionais.
Na Dodge, por exemplo, a próxima geração de esportivos será elétrica. Ou seja, os modelos já virão de fábrica com proteção contra-ataques de hackers. Isso naturalmente afetará a realização de trabalhos de empresas de customização. Oficinas independentes precisarão compreender os sistemas para, então, criar kits de performance. É um mercado que deve sofrer com a criptografia nas próximas gerações de carros elétricos, devido à complexidade. (Jornal do Carro/Vagner Aquino)