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Os recursos liberados para financiamentos de veículos, no período de janeiro a setembro deste ano, totalizaram R$ 143,79 bilhões, montante 2% inferior ao registrado em igual período de 2021, segundo o boletim trimestral da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). O saldo total da carteira, contudo, segue em alta. Em setembro, alcançou R$ 363,3 bilhões, incremento de 13,1% no comparativo anual. O CDC continua a modalidade preferida dos brasileiros, responsável por R$ 360,9 bilhões e alta de 13,2%, enquanto o Leasing responde por R$ 2,4 bilhões, queda de 4%.
“Importante ressaltar que as modalidades CDC e Leasing apresentam ritmos diferentes.
O setor mostra uma capacidade grande de absorver o cenário desfavorável e entender as necessidades dos consumidores. Os bancos associados à Anef sempre buscam soluções para atender aos anseios dos clientes”, diz Paulo Noman, presidente da Anef.
O prazo máximo de financiamento mantido pelos bancos foi de 60 meses, mas o prazo médio de concessão de crédito com recursos livres foi de 47 meses. E a tendência de pagamento à vista segue em alta, como verificado no primeiro semestre. De janeiro a setembro, na venda de veículos de passeio e comerciais leves, 57% das negociações foram à vista, ante 50% registrados em igual período de 2021. Em seguida, aparece o CDC, com 39%, e o Consórcio, com 4%.
As vendas de motocicletas à vista também apresentaram alta: 35%, contra 30% no ano anterior. A modalidade de CDC empatou com as compras à vista, enquanto o Consórcio representou 30% das transações, queda de 2% em relação aos nove meses de 2021.
No segmento de caminhões e ônibus, as formas de pagamento de janeiro a setembro deste ano mantiveram-se na média de 2021: CDC somou 40%, negociações à vista, 28%, e o consórcio, 4%. O Finame teve um ligeiro aumento, 28% contra 25% do ano anterior.
Para Noman, a tendência de pagamento à vista ainda é uma questão que o mercado procura entender. Embora ainda tenha uma produção reprimida de veículos, o dirigente está otimista sobre 2023. “Com a regularização da produção de veículos, e maior previsibilidade da produção das montadoras, os bancos vão conseguir um melhor planejamento.”
Inadimplência e taxa de juros
A inadimplência no acumulado até setembro registrou ligeiro aumento. Com mais de 90 dias nos veículos adquiridos por pessoas físicas, foram 5,7% contra 4,2%, no mesmo período do ano passado. Para pessoa jurídica, a variação foi menor, 1,9% contra 1,6%
As taxas de juros registraram ligeira queda, tanto no comparativo anual como mensal. Em setembro, as associadas da ANEF trabalharam com taxa de 1,77%, ante 1,78% de agosto. No ano, 23,98% versus 24,03%, no período de janeiro a setembro de 2021. (Motor Mais)