O Estado de S. Paulo/Mobilidade
A venda de motos continua em alta, segundo dados publicados pela Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos do Brasil. Até outubro de 2022, os emplacamentos de motocicletas tiveram alta de 17,94% em relação ao mesmo período do ano passado e chegaram a 1.106.733 unidades. Como comparação, nos nove primeiros meses de 2021 foram vendidas 938.414 motos.
Apesar da alta na venda de motos no acumulado do ano, os emplacamentos de veículos de duas rodas somaram 120.251 unidades em outubro. O resultado representa uma queda de 2,74% em relação a setembro, quando 123.640 motos foram vendidas.
“A retração pode ser explicada pelo menor número de dias úteis de outubro (20, ante 21, em setembro). Boa parte dos segmentos teve números similares em relação ao mês anterior nas vendas diárias, o que indica que o movimento de recuperação se mantém”, analisa o Presidente da Fenabrave, Andreta Jr.
Para o presidente da entidade, a demanda por motocicletas segue alta. Mesmo com os juros altos e a maior seletividade dos bancos para conceder crédito, ainda há fila de espera em alguns segmentos. “O mercado de motos até 250 cilindradas está bastante aquecido. São, em sua maioria, veículos usados para o trabalho e deslocamentos urbanos e que têm tido boa procura nas concessionárias”, finaliza Andreta Jr.
Os modelos mais vendidos no ano confirmam a análise do presidente da Fenabrave. As dez motos mais vendidas em 2022 têm entre 160 cc, como a linha Honda CG 160, que aparece na liderança, e 300 cc, como a Honda XRE 300, que ocupa a nona colocação.
Venda de motos elétricas também cresce
O crescimento na venda de motos também pode ser visto entre os modelos elétricos. Apesar da queda em relação a setembro, o segmento acumula alta de mais de 430% em 2022. “Como os emplacamentos de motocicletas eletrificadas vêm de uma base baixa, é natural que exista grande volatilidade percentual”, explica o Presidente da FENABRAVE.
Entre as motos elétricas, a mais vendida é a Voltz EV1 Sport. Entre janeiro e outubro deste ano, a scooter elétrica emplacou 2.210 unidades. (O Estado de S. Paulo/Mobilidade/Arthur Caldeira)