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Segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), a frota das empresas de locação destinada para o carro por assinatura cresceu 16,4%, entre janeiro e setembro deste ano. Ao final de 2021, o volume locado nessa modalidade era de aproximadamente 91 mil automóveis, diante de mais de 106 mil ao final de setembro de 2022.
O levantamento da ABLA inclui apenas os veículos de empresas de locação — não contabiliza, portanto, a frota de montadoras que também já oferecem o serviço. Conforme o presidente da associação, Marco Aurélio Nazaré, a tendência é que a participação do carro por assinatura “venha até a dobrar no médio prazo, já que, apesar de ser uma modalidade recente, veio para ficar”.
Segundo ele, um dos fatores que tem colaborado para o interesse crescente é a “mudança de comportamento em relação ao transporte e à mobilidade, causada pela Covid-19”. Para Nazaré, essa modalidade de aluguel está se consolidando de maneira semelhante a outros serviços do gênero, a exemplo do streaming, que conquistou o mercado audiovisual de filmes e seriados.
“Se trata de um nicho relativamente novo no aluguel de carros, mas que inegavelmente tem chamado a atenção de quem valoriza mais o uso que a posse”, acrescenta o conselheiro gestor da ABLA, Paulo Miguel Júnior. “A pandemia fez com que mais pessoas, claro que sempre que possível, passassem a evitar aglomerações em transportes coletivos, por exemplo”, diz ele.
No carro por assinatura, em vez de adquirir um veículo próprio, a pessoa o aluga por um, dois ou até três anos. Ao final do contrato, pode renovar a assinatura para ter outro veículo novo na garagem. “Junto a isso, o cliente acabou descobrindo, experimentando e aprovando benefícios extras como os de deixar de ter preocupação e gastos com seguro, manutenção, revisões, tributos e, principalmente, com os desgastes que tinha na hora de vender o próprio carro”.
Conforme a ABLA, na modalidade também há desde os modelos mais básicos, os chamados veículos de entrada, até os mais equipados e luxuosos. “Estamos diante de uma mudança de cultura que, rapidamente e cada vez mais, cai no gosto do brasileiro”, conclui Paulo Miguel Junior. (Motor Mais)