Nunca foi tão fácil para a BMW chegar à frente

AutoIndústria

 

Os licenciamentos de automóveis de marcas consideradas premium já tiveram dias bem mais animados. Somando os números das cinco maiores em vendas no Brasil e que resultaram em 24,9 mil emplacamentos após os primeiros nove meses de 2022, o segmento encolheu 20,5%, índice cinco vezes maior do que a média do mercado de automóveis, que caiu 3,4%.

 

Somente a BMW, líder nos últimos quatro anos, praticamente manteve o ritmo do ano passado. No mesmo período, emplacou 10,5 mil unidades, recuo aproximado de 4%.  Com esse desempenho, tem assegurado o primeiro lugar mais uma vez em 2022, já que abriu larga margem sobre as concorrentes.

 

Na comparação anual, suas participações de 35% para 42%.  A segunda colocada Mercedes-Benz negociou, menos da metade da BMW, 4,4 mil veículos e 23,7% abaixo dos emplacamentos que registrou de janeiro a setembro do ano passado.

 

A Audi ficou logo atrás, com 3,7 mil unidades e queda de 22%. Na quinta colocação aparece a Land Rover, com 2,7 mil licenciamentos e queda de 27,5%, superada pela Volvo, na quarta posição.

 

O resultado da marca de origem sueca é particularmente mais desgostoso. As pouco mais de 3,5 mil unidades vendidas no período representaram um dolorido tombo de 41,5% ante as mais de 6 mil do resultado acumulado até setembro do ano passado e que então a colocavam como a segunda no ranking.

 

Hoje, portanto, quatro de cada dez carros premium vendidos no Brasil carregam a hélice estilizada da BMW na grade dianteira. O domínio nunca foi tão flagrante no segmento nos últimos nos anos.

 

Justifica-se: até julho, quando a Audi retomou a montagem do Q3 a partir de kits importados e de poucas unidades da Jaguar Land Rover montadas no sul-fluminense, a BMW navegava praticamente sozinha com produção local.

 

E segue investindo. Este mês chegou ao mercado o novo Série 3, produzido em Araquari, SC. O modelo mais vendido da marca mudou por fora e por dentro, com a adoção do Live Cockpit Professional, painel já presente em outros carros da marca na Europa e que, numa tela curva, integra quadro de instrumentos digital de 12,3” e o multimídia de 14,9”.

 

Dentre as muitas tecnologias embarcadas para conforto e segurança, destaque para os que auxiliam a condução, como sistema semi-autônomo de estacionamento e o que refaz em marcha a ré os últimos 50 metros percorridos, além dos sistemas de orientação no trânsito e de alerta de colisão.

 

Negociado em três opções de acabamento que variam de R$ 308 mil a R$ 348 mil, o sedã segue com o conhecido motor 2.0 TwinPower Turbo de 184 cv e câmbio automático de oito marchas. A aceleração da imobilidade aos 100 km/h, segundo a fábrica, é de 7,1 segundos. (AutoIndústria/George Guimarães)