Gerdau investe em nova linha de olho nos eletrificados

AutoIndústria

 

A Gerdau anunciou o início das operações do novo lingotamento contínuo de blocos e tarugos da Usina de Pindamonhangaba, SP, equipamento que garante processo mais automatizado e com melhor rendimento, “resultando na entrega de produtos em um patamar ainda mais elevado de qualidade”, segundo comunicado da companhia divulgado nesta última segunda-feira, 10.

 

“A atualização tecnológica da unidade, que demandou investimento de R$ 700 milhões, está alinhada às perspectivas futuras de aumento da matriz de veículos elétricos e híbridos no Brasil e da demanda atual da indústria automobilística por automóveis mais leves”, destaca a nota.

 

O novo equipamento instalado na usina do interior paulista trará ganhos em três frentes: segurança, pois ele é mais automatizado e moderno; qualidade, por possibilitar a produção de aços “clean steel”, cuja tecnologia aplicada dá ao produto maior resistência e vida útil; e competitividade, pois possibilita uma redução de custos com ganhos de produtividade na operação.

 

“Temos realizado investimentos em nossas usinas de aços especiais para aumentar a produtividade e atender as necessidades e a demanda crescente dos nossos clientes. O novo lingotamento da Usina de Pindamonhangaba está alinhado aos conceitos de indústria 4.0 e aumentará a qualidade e competividade das nossas operações nesse segmento”, informa Rubens Pereira, vice-presidente de Aços Especiais da Gerdau no Brasil.

 

De acordo com o executivo, o plano de modernização das operações até 2025, que ainda depende de aprovações do conselho de administração, reforçam “a visão otimista da empresa para o setor automotivo brasileiro, que deve, nos médio e longo prazos, ter seus níveis de produção recuperados”.

 

Os investimentos em estudo vão abranger, além de Pindamonhangaba, as unidades de Mogi das Cruzes (SP) e Charqueadas (RS). Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, destaca a profunda transformação cultural e digital pela qual a empresa passou nos últimos anos, “que a tornou ainda mais focada em pessoas, mais digital, inovadora, diversa e inclusiva”.

 

O aporte em Pindamonhangaba faz parte do plano de R$ 1 bilhão enunciado no ano passado, que também envolveu a reativação da aciaria da planta de Mogi das Cruzes, com a geração de 150 novos postos de trabalho diretos. A usina estava hibernada desde março 2019 e agora opera com capacidade anual de cerca de 180 mil toneladas de aço, que é laminado na usina de Pindamonhangaba.

 

Já na usina gaúcha de Charqueadas foi instalado um novo forno de recozimento e esferoidização de barras de aço, o qual traz maior qualidade e produtividade ao processo produtivo, ganhos de competitividade e novos conceitos de segurança das pessoas. (AutoIndústria)