AutoIndústria
Destaque do mercado brasileiro no ano passado, com crescimento de vendas acima da média, o segmento de picapes tem comportamento diametralmente oposto em 2022. Enquanto na soma de automóveis e comerciais leves os licenciamentos recuaram 5% de janeiro a setembro, os de picapes encolheram mais do que o dobro, 12,5%.
Contra as 270,7 mil unidades negociadas nos nove primeiros meses de 2021, foram 236,3 mil este ano entre modelos pequenos e grandes. No primeiro caso, onde na verdade há apenas dois produtos – Volkswagen Saveiro e Fiat Strada, responsável por 87% dos licenciamentos e veículos mais vendido do Brasil -, a queda ficou próxima de 8%, de 107,4 mil para 99 mil licenciamentos.
O quadro menos favorável se observa entre as picapes grandes, subsegmento disputado por onze modelos de nove marcas e marcado, nos últimos meses, por várias atualizações estéticas e mecânicas em produtos conhecidos e pela chegada de novos concorrentes.
No acumulado do ano, 137,3 mil unidades saíram das concessionárias para as ruas, 15,9% abaixo dos emplacamentos registrados em igual período de 2021, portanto também o dobro de perda verificada entre as pequenas.
Com mais concorrentes e vendas menores, a briga pela preferência do consumidor ficou ainda mais acirrada, com alguns modelos perdendo espaço e outros avançando bastante, caso da Mitsubishi L200 e dos modelos da RAM.
Aliás, até pela base diminuta de comparação, a marca norte-americana é a de maior avanço no segmento este ano. Desde janeiro, negociou 2.791 unidades e superou as 2.762 picapes vendidas ao longo de todo ano de 2021, que também superara em quase 90% o volume de 2020, até então o maior da história da marca no Brasil. (AutoIndústria/George Guimarães)