Volvo espera ter o melhor ano de sua história no País

AutoIndústria

 

Apesar das adversidades enfrentadas pela indústria com o desabastecimento de peças e componentes nas linhas de produção, a Volvo tem conseguido atravessar a instabilidade com sucesso.

 

Tanto é assim que Alcides Cavalcanti, diretor executivo da fabricante, aponta um ano de recorde. “Em termos de volume de vendas, talvez 2022 registre o melhor ano da história da marca no País”, estimou em evento de apresentação dos novos caminhões da marca ajustados à próxima fase da legislação de emissões do Proconve P8.

 

O desempenho da Volvo mostrado nos últimos meses corrobora com a perspectiva do executivo. Segundo dados de licenciamento da Anfavea, as vendas de caminhões da marca acima 16 toneladas (semipesados e pesados), faixa na qual atua, evoluíram de janeiro de agosto 18,7%, para 16,1 mil unidades, em mercado que registrou média de crescimento de 12,1% no mesmo período, com 63,6 mil entregas.

 

Em caminhões pesados, seu ponto forte, a Volvo lidera isolada com 12,3 mil unidades vendidas até agosto. Além representar participação de 30,5% na categoria, o volume foi 8,3% maior em relação ao obtido um ano antes, ao mesmo em que o mercado do segmento recuou 6%.

 

O foco da empresa em semipesados também tem mostrada resultados positivos. Enquanto as vendas totais da categoria apresentaram alta de 7,1% de janeiro a agosto, as entregas da Volvo aumentaram 55,4%, para 3,4 mil unidades.

 

“Com a linha VM, alcançamos uma participação de 15%. Pela primeira vez na história, temos a liderança em semipesados com o modelo VM 270 e temos condições de avançar”, comemora o diretor executivo.

 

Cavalcanti espera preservar o desempenho para os próximos meses. “Hoje, temos uma participação de 25% no mercado de caminhões acima de 16 toneladas. Tudo indica se manter assim até o fim do ano, quando as vendas nas categorias deverão chegar a 98 mil unidades.

 

Para 2023, o diretor espera um mercado menor, como habitualmente ocorre após mudança na legislação. “Há uma fase de adequação tanto da indústria quanto do transportador, em especial pelo aumento de preço nos veículos. Mas ainda assim, se espera mais um recorde na safra de grãos, o que demanda caminhão para escoar”. (AutoIndústria/Décio Costa)