AutoIndústria
O mercado de caminhões registrou queda de 9,8% em setembro com relação a agosto, com totais, respectivamente, de 11.o91 e 12.297 emplacamentos. As vendas que vinha em crescimento ou estabilidade no acumulado do ano, agora indicam recuo de 1,8% considerando as 92.016 unidades comercializadas nos primeiros nove meses deste ano ante as 93.701 do mesmo período de 2021.
Ao divulgar os dados do segmento nesta terça-feira, 4, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., atribuiu o desempenho agora negativo de 2022 ao comparativo com uma base alta que é a de 2021. “As vendas diárias foram positivas em setembro e a demanda por caminhões se mantém firme”, garantiu o empresário.
Andreta foi ainda além, lembrando que a entrada da tecnologia Euro 6 em 1º de janeiro deve provocar um movimento de antecipação de compras neste último trimestre do ano. Segundo dados da entidade, o preço dos caminhões terá alta entre 20% e 25% por ocasião do lançamento dos produtos com os novos parâmetros de emissão de poluentes. São veículos mais avançados, com mais tecnologia embarcada, e, por isso, mais caros, informam sem executivos.
“A produção está limitada pela falta de semicondutores, mas a tendência é a de o mercado absorver tudo o que as montadoras puderem entregar nos próximos meses. Importante lembrar que as concessionárias poderão vender os caminhões Euro 6 produzidos este ano até o dia 31 de março próximo”.
Diante desse cenário, a Fenabrave mantém projeção de igualar neste ano o mesmo volume de 2021, ou seja, perto de 127 mil caminhões emplacados. Isso significará uma reversão da curva de queda no acumulado do ano registrada em setembro. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)