Rumo ao futuro da mobilidade

O Estado de S. Paulo

 

Num ano que está sendo marcado pela retomada da economia após a retração provocada pela pandemia de covid-19, a Marcopolo – ícone do setor de transporte de passageiros no Brasil e referência no mercado global – colhe os resultados dos avanços fomentados desde 2020.

 

Mesmo com a queda de quase 50% no volume de carrocerias de ônibus produzidas no Brasil e o aumento no custo das matérias-primas, a empresa manteve resultados positivos durante a crise sanitária. De um lado, colocou em prática uma série de ações para cortar as despesas fixas em 30%. De outro, investiu em lançamentos e em novos negócios. Com isso, conseguiu ampliar sua participação no mercado nacional, de 55% em 2019 para 57% em 2021.

 

“A pandemia trouxe oportunidades para repensar os sistemas de transporte coletivo”, observa o CEO da Marcopolo, James Bellini. “Estamos voltados ao futuro da mobilidade, que vai além da produção de carrocerias e abrange novas tecnologias, sistemas de mobilidade e modais.”

 

Novos segmentos

 

A empresa expandiu suas áreas de atuação ao ingressar no segmento metroferroviário, com o lançamento do primeiro veículo leve sobre trilhos (VLT) da Marcopolo Rail, nova divisão de negócios do grupo.

 

Outros avanços significativos são os veículos movidos a energia limpa, em sintonia com a estratégia ESG da Marcopolo. É o caso do Attivi, primeiro ônibus 100% elétrico inteiramente homologado no Brasil, com carroceria e chassis fabricados pela companhia e predominância de fornecedores nacionais nos componentes eletroeletrônicos, incluindo baterias. A produção prevista para este ano é de 30 unidades.

 

A empresa está participando, também, do desenvolvimento de um ônibus rodoviário movido a células de combustível de hidrogênio, outra grande aposta global por um futuro mais sustentável. Nesse projeto, que está em fase de testes de homologação, a Marcopolo é responsável pela fabricação da carroceria, produzida em sua unidade na China. Trata-se de uma parceria com a Sinosynergy e a Feichi Bus/Allenbus.

 

História rica

 

Ao mesmo tempo em que expande a atuação para novos segmentos, a Marcopolo fortalece seus negócios mais tradicionais. É o caso da Volare, fabricante de micro-ônibus que em junho completou 24 anos de atividades e detém 64% do mercado nacional. Entre os lançamentos mais recentes, um grande sucesso de vendas tem sido a linha Attack, com design arrojado e moderno, sem perder os atributos que consagraram a marca – sofisticação, conforto, robustez e eficiência.

 

A Marcopolo continua, também, revolucionando o mercado de carrocerias de ônibus, seu “habitat natural”. Com 145 inovações, a Geração 8, ou simplesmente G8, oferece ainda mais conforto, segurança e eficiência no transporte de passageiros.

 

O desenvolvimento de um número tão grande de novidades envolveu a participação de mais de 100 engenheiros, que viajaram de ônibus pelo País para perceber como poderiam aprimorar a experiência dos passageiros. Esse esforço, que envolveu mais de 44 mil km percorridos, resultou em aprimoramentos que proporcionam mais segurança, conforto, conectividade, dirigibilidade, ergonomia e sustentabilidade, além da beleza no design.

 

O lançamento da G8 é um novo capítulo de uma tradição fascinante: quando foi lançada a primeira geração de carrocerias de ônibus da empresa, em 1968, o sucesso foi tão grande que o nome do modelo, Marcopolo, acabou sendo adotado para rebatizar a própria organização.

 

Hoje, além da liderança absoluta no mercado brasileiro, a empresa é uma das maiores fabricantes de carrocerias de ônibus do mundo. Com unidades nos cinco continentes, seus veículos rodam nas rodovias de mais de cem países. E, com os olhos no futuro, segue como protagonista da mobilidade. (O Estado de S. Paulo)