Truck & Bus Builder América do Sul
O Governo da Argentina apresentou o Plano Nacional de Transporte Sustentável, que envolve a transição energética em todos os modos de transporte de carga, passageiros e veículos particulares para funcionar no ano de 2030. O plano inclui 3 programas principais, específicos para implementar estratégias, medidas políticas e instrumentos.
O lançamento do Plano Nacional de Transporte Sustentável ficou sob a responsabilidade do ministro dos Transportes, Alexis Guerrera e o principal objetivo é traçar um roteiro com ações que garanta a transição energética e incentive o uso de energias mais limpas para todos os meios de transporte, tanto de carga como de passageiros.
O plano consiste de um conjunto de medidas a serem implementado até 2030 que promovam a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os seus efeitos no país e em toda a região. Também está prevista a geração de economia para o país, pela redução e consequente substituição das importações de energia, a promoção da indústria nacional e cuidado com a saúde das pessoas e do planeta.
O ministro Guerrera explicou que com o lançamento do Plano Nacional de Transporte Sustentável, dentro do compromisso argentino de atingir as metas de emissões para os próximos anos, especialistas moldaram um trabalho conjunto com outros ministérios e representantes de várias áreas de todo o governo nacional.
Também esclareceu que representa uma ferramenta para coordenar os esforços e cujos eixos são a incorporação do gás, mas também com uma perspectiva para a eletromobilidade, que proporciona a otimização de recursos e a criação de novos regulamentos.
Foram estabelecidos objetivos de curto e longo prazo. Numa fase inicial, estima-se atingir, em 2023, 10% das novas unidades incorporadas às vias públicas movidas a gás natural (9%) e elétrica (1%), com 10.000 novos veículos de transporte público e privado com mobilidade elétrica e 90.000 veículos movidos a gás.
De acordo com o ministro, essa estratégia gerará uma economia anual de 41 milhões de litros de gasolina e 96 milhões de litros de diesel, o que corresponderá, apenas para o próximo ano, uma economia aproximada de importações de diesel de 200 milhões de dólares.
Da mesma forma, até 2030, a previsão dos estudos é que haverá 15.000 ônibus movidos a gás, gerando uma economia de 1.800 milhões de litros de diesel; 150 mil caminhões a gás, reduzindo 2.600 milhões litros de consumo de diesel e que 15% da frota total de veículos será a gás e 50% de veículos elétricos. Para 2050, alcançar 100% da frota de veículos elétricos.
Finalmente, será feito um trabalho para reduzir as emissões de GEE para 5,84 MT CO2.
Alexis Guerrero salientou que o gás é o recurso natural mais disponível na Argentina e possui uma cadeia de distribuição é a mais extensa do país. “Com o YPF (geramos corredores produtivos, com a Enargas) e trabalhamos nos picos de alto fluxo para que os grupos de longa distância e os caminhões têm que esperar cada vez menos nos postos”, afirmou o ministro dos Transportes.
O ministro Guerrera acrescentou que além do gás, a mobilidade elétrica tem grande espaço para crescer na Argentina, uma vez que o país é o quarto maior produtor mundial de lítio, depois da Austrália, Chile e China. O triângulo do lítio (Argentina, Bolívia e Chile) possui cerca de 65% dos recursos mundiais e atinge 29,5% da produção mundial total até 2020. (Truck & Bus Builder América do Sul)