Estradão
O Mercedes-Benz Axor vai ter a produção encerrada no Brasil em 2023. O motivo é o início da vigência da fase 8 do Conama, equivalente ao Euro 6, a partir de 1º de janeiro. Procurada pelo Estradão, a fabricante não confirmou a informação. Porém, fontes ligadas à empresa disseram que o investimento para atualizar o modelo deixaria seu preço inviável. Assim, o fim da produção é inevitável.
Por ora, ainda não há informações sobre se a linha Mercedes-Benz Axor será substituída pelo Actros. Nesse caso, a possibilidade seria uma versão mais simples do modelo mais novo. Portanto, esse caminhão não teria tecnologias como o ADAS 5, de auxílio à condução. Bem como câmeras no lugar dos espelhos. Porém, o Actros de entrada teria o novo motor BlueTec 6.
Seja como for, essa solução não seria inédita. Na Europa, há o Mercedes-Benz Actros F com opções de tração 4×2 e 6×2. Trata-se justamente da versão de entrada na linha. Ela tem 17 configurações diferentes, com variações de potência, distância entre os eixos e capacidade de carga, por exemplo. O motor é o OM-457, de seis cilindros em linha e 12,8 litros.
O lançamento do Mercedes-Benz Axor no Brasil ocorreu em outubro de 2005. Segundo a fabricante, a meta era atender vários segmentos. Assim, no ano seguinte a gama já estava completa. As versões rodoviárias são 1933, 2035, 2040, 2540 (6×2), 2640 (6×2), 2044, 2544 (6×2) e 2644 (6×4). No caso da linha fora de estrada, as opções são 2831 (6×4), 3340 6×4 e 3344 6×4. Já o chassi rígido é o 4144 6×4.
Além disso, os motores de 9 a 13 litros têm potências entre 330 cv e 440 cv. A transmissão é a Powershift, automatizada de 12 velocidades. Essa caixa substitui a semiautomatizada que equipava o modelo na época do lançamento. Aliás, ao longo dos anos a linha Axor incorporou cerca de 60 inovações. De acordo com a Mercedes-Benz, o objetivo era atender as demandas dos mercados da América Latina.
Afinal, o Axor produzido no Brasil é exportado para vários países da região. Entre as atualizações estão retoques no visual, bem como a ampliação da cabine. Segundo a fabricante, graças às inovações, a produtividade do modelo aumentou em até 35%. No mesmo sentido, o caminhão ganhou soluções voltadas à segurança, como assistente de partida em rampa, distribuição das forças de frenagem e controle eletrônico de tração. (Estradão/Andrea Ramos)