Frota & Cia
Em julho, o mercado de chassis de ônibus apresentou uma queda de 9,82% no número de emplacamentos em comparação com junho. Já os caminhões acusaram crescimento de 4,30% no mesmo período, segundo a FENABRAVE, que representa os distribuidores de veículos no país, com base nos números do Renavam. De modo geral, em julho, os emplacamentos de veículos registraram retração de 2,6%, em todos os segmentos somados na comparação com o mês anterior, e queda de 0,6%, em relação a julho de 2021.
No acumulado, dos sete primeiros meses do ano, o setor apresentou resultado próximo da estabilidade, quando comparado ao mesmo período de 2021, com baixa de 2,7%.
Mesmo com a queda, os ônibus apresentaram um resultado 0,06% maior que no mesmo mês de 2021. Já no acumulado do ano, comparado com o ano passado, a queda foi de 1,11%. Com média mensal inferior a 2 mil unidades, o segmento se mantém próximo ao desempenho de 2021. “Houve uma retração maior em julho, mas é uma variação que tem sido natural neste segmento, uma vez que, dada a base baixa, pequenas altas ou reduções, em unidades emplacadas, podem provocar grandes variações percentuais”, diz Andreta Jr., Presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE).
Já o segmento de caminhões mostrou um resultado 1,32% abaixo de julho de 2021 e 1,24% menor que o acumulado do ano anterior. Segundo o Presidente da FENABRAVE, a alta registrada nos emplacamentos de caminhões, entre junho e julho, aconteceu em virtude da maior oferta de produtos, por parte da indústria, que ainda enfrenta problemas pontuais de abastecimento de peças e componentes.
“Os segmentos tiveram comportamentos distintos em julho. Alguns registraram números melhores do que os de junho, com destaque para automóveis, comerciais leves e caminhões, enquanto outros, como ônibus e motocicletas apontaram retração. A queda pode ser explicada por um conjunto de fatores, como a menor oferta, especialmente, no segmento de duas rodas, por conta de problemas na produção e pela maior restrição e aumento do custo de crédito, já que a inadimplência, nos financiamentos de veículos, está em 4,5%, de acordo com os dados divulgados, pelo BACEN, referentes a abril/2022”, analisa Andreta Jr. (Frota & Cia/Priscila Ferreira)