Usinagem Brasil
Fabricante mundial de máquinas agrícolas, a AGCO anunciou na semana passada, em evento realizado em Brasília, que fará novos investimentos num total de R$ 340 milhões em novas tecnologias e linhas de montagens em suas fábricas no país.
“Os agricultores enfrentam hoje uma pressão significativa para produzir mais alimentos usando menos insumos. Estamos comprometidos em fornecer as tecnologias inovadoras de agricultura de precisão que eles precisam para aumentar a renda agrícola, minimizando os insumos e o impacto”, afirmou o CEO da AGCO, Eric Hansotia.
A companhia, que detém as marcas Fendt, Massey Ferguson, Precision Planting e Valtra, vai aumentar a capacidade de montagem de tratores de linha pesada na unidade Mogi das Cruzes (SP), ampliando sua área de 42 mil m² para 57 mil m². A unidade também irá receber um centro logístico inteligente para armazenamento de peças, equipado com AGVs (sigla em inglês para Veículo Guiado Automaticamente) e robôs colaborativos.
“É o primeiro passo para ter no futuro a fabricação nacional dos tratores Fendt Vario 900 e MF 8700 S Dyna-VT. Nosso objetivo é transformar a fábrica de Mogi das Cruzes em uma das mais tecnológicas do grupo no mundo”, explica o gerente geral da AGCO e vice-presidente Massey Ferguson América do Sul, Rodrigo Junqueira.
Plantadeiras – Na fábrica de Ibirubá (RS), os recursos serão utilizados para a fabricação dos novos modelos da plantadeira Momentum.
Projeto 100% nacional, a máquina foi lançada em 2019 e, segundo a fabricante, revolucionou mercado de plantadeiras no Brasil, abrindo um novo segmento de máquinas transportáveis, de alto rendimento e que entregam um resultado altíssimo para o produtor.
Além da ampliação da área de 7 mil m² para 20 mil m², a unidade gaúcha receberá modificações para tornar o processo de fabricação mais sustentável. A iniciativa é pautada na estratégia de sustentabilidade AGCO, que busca oferecer soluções focadas no agricultor para alimentar nosso mundo de forma sustentável.
Serão implantados sistema de reaproveitamento de água, painéis solares e novo processo de pintura, com menor emissão de voláteis orgânicos, melhor ergonomia para o colaborador, mais automação e ganho de 40% na capacidade de peças pintadas.
Zero emissões
Durante o evento, a AGCO também informou que, a partir deste ano, suas operações no Brasil vão utilizar apenas energia de fontes renováveis. A iniciativa inclui as nove unidades da empresa no país, entre fábricas, centros de distribuição e escritórios, que consomem 42 mil MWh por ano.
A mudança contribuirá para a companhia alcançar suas metas de reduzir a intensidade das emissões de gases do efeito estufa em 20% e atingir 60% de energia renovável nas operações globais. (Usinagem Brasil)