Polo Fiat Betim é o segundo maior polo automotivo do País

O Tempo

 

Antonio Filosa, presidente da Stellantis América do Sul, falou sobre Betim, sede da Stellantis na América do Sul, onde a companhia tem o Polo Fiat Betim, em Minas Gerais.

 

“É o segundo maior polo automotivo da América do Sul isso porque São Paulo é considerado um polo único com muitas montadoras”, contou.

 

Em Betim são mais de 120 fornecedores de material diretos em até 130 quilômetros.

 

O Polo Fiat Betim tem o maior polo de motores da América do Sul com 1,3 milhão de unidades produzidas por ano.

 

São mais de 2.000 engenheiros, técnicos e designers automotivos.

 

O Polo Fiat Betim já produziu mais de 16 milhões de veículos, mais de 3,6 milhões de veículos exportados desde 1976, com centro de engenharia com 40 laboratórios.

 

Retomada da Fiat

 

Ao comemorar os resultados da Stellantis no primeiro semestre, Antonio Filosa falou ainda sobre os muitos investimentos e os trabalhos que conseguiram reverter uma queda de marketshare da marca Fiat que começou em 2014 no Brasil e foi caindo até chegar aos 13% do mercado em 2018.

 

“E de lá pra cá fomos só crescendo. Então, nesse primeiro semestre do ano, estamos a 22% do nosso recorde histórico até maior de 2014 (21%). Betim e as pessoas de Betim são as grandes protagonistas desta ‘turnaround’ que quer dizer retomar o lustro que a marca Fiat tinha perdido e que agora recupera com toda a força”, comemorou.

 

Etanol

 

Quanto ao futuro do etanol e como a conta fecha num carro movido a etanol e num carro elétrico, Antonio Filosa contou que o governo federal já está com programas robustos como o programa de fomento RenovaBio para estimular a produção com investimento em tecnologias de etanol.

 

“E o governo está negociando também com a Anfavea a segunda onda da Rota 2030 neste ano, que é o marco regulatório das emissões de CO2 para o setor automotivo. A Rota 2030 com o conceito do plantio até a utilização premia o etanol também”, informou.

 

Motores turbo

 

Antonio Filosa admite que agora é desafiador o preço da gasolina – que não depende do governo porque é uma commodity transacionada em dólar mundialmente.

 

“Assim como o preço do etanol é desafiador. Por isso, estamos investindo em tecnologias mais eficientes de motores. Por exemplo, trocamos o motor 1.8 com os turbos que tem performance e consumo muito melhores. Dessa forma a gente alinha a conta esperando que reverta o ciclo do petróleo, como parece que está acontecendo, o que também vai fazer reverter o ciclo de alta do etanol”, avalia.

 

Carro elétrico

 

Para Antonio Filosa é preciso ficar atento à amortização do preço que para o carro elétrico é muito alto.

 

Em conversa com um importante empreendedor mineiro no setor de alugueis de carros, Filosa contou que ele tem carros elétricos para clientes finais.

 

“Então um carro elétrico que tem um valor de R$ 300 mil, para quem aluga o carro para Uber, a conta é simples: a parcela é tão alta que até para um motorista do Uber que tem um uso extensivo do carro, que gasta muita gasolina, não compensa de jeito nenhum (o carro elétrico). Por isso o etanol é bom: é limpo, é competitivo e agora está em alta o preço, mas como todo ciclo ele vai reverter e será ainda melhor”, acredita. (O Tempo/Antonio Filosa)