Oferta de carro elétrico e híbrido chegará este ano a 100 modelos e venda sobe 57%

O Estado de S. Paulo

 

De forma lenta, mas constante, os modelos eletrificados – elétricos e híbridos – conquistam consumidores que querem um carro menos poluente, buscam nova tecnologia ou apenas gostam do veículo, informa Cleide Silva. De janeiro a maio, a venda de elétricos e híbridos cresceu 57,7% no País ante o mesmo período de 2021. Já o mercado de automóveis e comerciais leves caiu 18%. Embora a venda de eletrificados em números absolutos seja ainda pequena (16,4 mil veículos em 5 meses) e represente só 2,3% do total do segmento, o Brasil tem 70 modelos e deve ficar próximo de 100 até o final do ano.

 

Enquanto o mercado de veículos em geral enfrenta queda nas vendas, o segmento de carros elétricos e híbridos vem ganhando velocidade. De janeiro a maio, as vendas desses modelos cresceram 57,7% no Brasil. No mesmo período, o mercado total de automóveis e comerciais leves caiu 18%, no comparativo com igual intervalo do ano passado. Esse nicho passou a representar 2,3% das vendas totais do setor, ante 0,4% há três anos.

 

De forma lenta, mas constante, os modelos eletrificados (isto é, elétricos e híbridos) vêm conquistando consumidores que querem um carro menos poluente ou que estão curiosos para testar a nova tecnologia.

 

Embora em números absolutos as vendas ainda sejam pequenas, de 16,4 mil veículos em cinco meses, o Brasil tem hoje 70 modelos disponíveis entre os 100% elétricos (conhecidos pela sigla BEV); os híbridos (HEV, que têm motor a combustão e elétrico, com bateria auto recarregável); e os híbridos plug-in (PHEV, que também recarregam na tomada). Esse número deve ficar próximo de 100 até o fim do ano com a chegada de novos produtos já anunciados.

 

Para Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a maior oferta tem a ver com o interesse do consumidor por novas tecnologias. Como comparativo, ele informa que nos EUA também há 70 modelos elétricos e híbridos à venda. Lá, a participação no mercado total foi de 4,5% em 2021. Na Alemanha, onde os elétricos e os híbridos plug-in já respondem por 26% do mercado, há 160 modelos à venda.

 

“Mesmo sem uma política de incentivos, o brasileiro está comprando carros elétricos; se tivesse incentivo, como na maioria dos países, o mercado já seria bem maior hoje”, avalia Maluf. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)