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A Traton, divisão de veículos comerciais do grupo Volkswagen, deverá compartilhar plataforma e componentes entre as marcas dos caminhões da empresa, que hoje reúne VWCO, Scania, MAN, Navistar e RIO.
Serão desenvolvidos novos produtos, compras e custos, além do compartilhamento de uma base comum, chamada CBE (Common Base Engine).
O CBE é uma arquitetura modular de motor diesel que atuará em todas as marcas de pesados do grupo, mas aparentemente será o último investimento em motores a combustão.
O primeiro produto nascido dessa arquitetura é um novo motor diesel de 13 litros da Scania, que equipa o modelo R460 Highline.
Esse novo propulsor será disponibilizado para a Navistar em 2023, assim como a MAN oferecerá o motor em 2024 para seus caminhões.
Por fim, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) usará essa nova linha de motores diesel em 2028.
Segundo a Traton, “o objetivo é que todas as marcas Traton usem componentes e peças em comum, principalmente no trem de força, cabine, plataformas de software e chassis. Ao mesmo tempo, cada marca manterá e fortalecerá sua identidade e oferta individual para o respectivo grupo de clientes”.
Com compartilhamento de motores e componentes, o grupo Traton reduzirá em muito os custos de desenvolvimento e produção de veículos pesados do grupo alemão.
Christian Levin, CEO do Grupo Traton, diz: “A colaboração aprimorada no Grupo com base em uma aplicação inteligente de modularização, também permitirá ganhos de eficiência e amortecerá os investimentos necessários e custos mais altos de tecnologias futuras, como transmissões elétricas e direção autônoma”.
Levin completa: “Interfaces padronizadas permitirão troca de tecnologia muito mais rápida. Seremos capazes de usar soluções idênticas para as mesmas necessidades e, assim, atingir o máximo foco no cliente e preços máximos”.
Annette Danielski, CFO do Grupo Traton, comenta: “Com nossas quatro marcas fortes e suas estratégias de crescimento claramente definidas, buscamos metas ambiciosas de lucratividade. Garantimos a competitividade futura da Traton com investimentos direcionados em componentes comuns, novos modelos de negócios e novas tecnologias, mantendo uma alta disciplina de custos”. (Notícias Automotivas/Ricardo de Oliveira)