AutoIndústria
As importações de autopeças seguem em alta no comparativo interanual, mas em ritmo bem menor no comparativo do segundo bimestre do ano com o primeiro. Em janeiro e fevereiro, o crescimento em relação aos mesmos meses do ano passado ficou em torno, de 70%. Já em março e abril a expansão se revelou bem menor, na faixa de 2,3% e 3,5% respectivamente.
Os dados constam no relatório da balança comercial divulgado no site do Sindipeças nesta segunda-feira, 23, que revela importações acumuladas no primeiro quadrimestre de 25,2%, com total de US$ 6,3 bilhões este ano ante os US$ 5 bilhões do mesmo período de 2021. Já as exportações atingiram US$ 2,4 bilhões até abril, alta de 14,3% no mesmo comparativo (US$ 2,06 bilhões).
A partir desses resultados, a indústria de autopeças encerrou o quadrimestre com déficit comercial de US$ 3,96 bilhões, cifra 22,7% superior à registrada nos primeiros quatro meses do ano passado (US$ 2,96 bilhões).
“A despeito do crescimento das importações em valor, nota-se certa desaceleração quando as variações interanuais são tomadas como referência”, destaca o Sindipeças em seu relatório. “A nosso juízo, essa situação pode resultar da combinação de três fatores; de comparação maior para os meses de março e abril de 2021, desaceleração da atividade econômica interna com resultados mais fracos da indústria automotiva e arrefecimento das intenções de compras no exterior, em parte para formação de estoques, por conta da suavização da crise no fornecimento de insumos”.
A Argentina se manteve como maior parceiro comercial do setor automotivo brasileiro, absorvendo 34,7% das exportações de autopeças até abril. As vendas para o país vizinho somaram US$ 819 milhões no quadrimestre, com alta de 44% sobre idêntico período de 2021. Na sequência aparecem Estados Unidos (US$ 390,9 milhões) e México (US$ 213,5 milhões).
A China, com participação de 17,1% no acumulado até abril, enviou para o Brasil mais de US$ 1,08 bilhão em autopeças este ano, ante os US$ 803 milhões dos primeiros quatro meses do ano passado. Na sequência vêm Estados Unidos, com fatia de 11,1%. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)