Acaba a greve na Renault

AutoIndústria

 

Após mais de duas semanas de linhas paralisadas – precisamente 16 dias, nesta segunda-feira, 23, os metalúrgicos da fábrica da Renault de São José dos Pinhais, PR, decidiram encerrar a greve deflagrada no dia 6. Em assembleia realizada no início da manhã, eles aprovaram proposta de conciliação acordada com a montadora.

 

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a proposta que resultou no encerramento da paralisação foi fechada no fim de semana e tem dentre principais pontos PPR mínima de R$ 22,5 mil para 2022, para um volume de 198.160 veículos, e R$ 23 mil para 2023 acrescido de correção do INPC.

 

Caso a produção chegue a 244 mil, ficou acordado que o valor subirá para R$ 27,5 mil em 2022 e R$ 28 mil em 2023. Estão previstas também antecipação de R$ 13.750,00 em 2022 e R$ 14 mil em 2023.

 

Montadora e trabalhadores também concordaram com reajuste salarial de 13,67% em setembro de 2022 – ou INPC mais 1,5%, o que for mais favorável ao trabalhador – e INPC mais 1,5% de aumento real em setembro de 2023, além de vale mercado passando dos atuais R$ 657,00 para R$ 1 mil a partir de junho e reposição dos dias de greve no esquema 6 x 8, ou seja, para cada seis horas trabalhadas quita-se oito horas de greve.

 

O sindicato informa ainda que as cláusulas que sinalizem “terceirização” que não seja atividade fim, terão que ser previamente discutidas com a entidade, ficando proibida a terceirização das atividades fim na empresa.

 

“A empresa teve o bom-senso de atender as reivindicações dos trabalhadores. Avanços na PLR, que retornou a patamar antes de 2020, mesmo com volumes baixos. Além disso, estamos começando a recuperar as perdas salariais dos últimos dois anos”, disse Sérgio Butka, presidente do sindicato. (AutoIndústria)