AutoIndústria
Em função da atual demanda de mercado, bem como da necessidade de recuperar volumes de produção até o final de 2022, a Mercedes-Benz do Brasil irá contratar cerca de 350 colaboradores temporários entre este mês e o próximo para reforçar o quadro de mão de obra da fábrica de São Bernardo do Campo, SP, no período de junho a dezembro.
Com esse comunicado distribuído no final da tarde desta quinta-feira, 12, a fabricante de caminhões e ônibus confirmou informação divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que realizou assembleia no início da manhã para informar os trabalhadores da planta do ABC paulista sobre os resultados das recentes negociações entre as partes, que culminaram, também, na definição de um reajuste salarial de 12,47%.
O aumento de salário com base no índice inflacionário dos últimos 12 meses, assim como a definição da data de pagamento da PLR (Participação dos Lucros e Resultados), já tinha sido acetado entre o sindicato e a empresa em 2020, quando foi firmado acordo com validade para três anos. Além disso, para este ano, foi possível chegar a um aumento no valor do vale-alimentação, também conforme a inflação.
Por causa da falta de semicondutores, a Mercedes-Benz paralisou suas atividades por 20 dias no mês passado, o que acabou refletindo na oferta de produtos da marca para o mercado brasileiro. Sobre esse problema de desabastecimento, o sindicato explicou que está acompanhando as demandas da montadora.
“Mesmo com a produção em alta a partir de agora, ainda sofremos com a falta de peças, por isso estamos acompanhando o programa de produção que a empresa espera atingir até dezembro”, comentou o diretor executivo da entidade e trabalhador na Mercedes, Aroaldo Oliveira da Silva. “Apesar de um cenário econômico e político difícil, conseguimos garantir poder de compra para os trabalhadores com o reajuste nos salários e conquistar mais contratações mesmo em um momento de índices recordes de desemprego no nosso País”.
O dirigente lembrou que as contratações eram uma reivindicação da representação sindical. “Estávamos cobrando da fábrica por mais mão de obra e discutindo a realidade dos setores. Há uma antecipação de compra e aumento da demanda no mercado de caminhões devido à mudança da legislação ambiental no próximo ano. Ainda vemos a necessidade de mais contratações”, destacou. (AutoIndústria)