O Estado de S. Paulo
Ricardo Bacellar, da Bacellar Advisory Boards Automotive & Mobility, avalia que, além do aumento do interesse pelo transporte particular, o consumidor brasileiro tende a demorar mais para trocar de automóvel porque os preços subiram muito desde o ano passado.
De acordo com ele, ao ficar mais tempo com o carro, faz sentido para o consumidor investir em acessórios para personalizá-lo, “deixá-lo mais com o olhar do dono”.
Sobre a grande oferta de itens para animais de estimação, o consultor automotivo ressalta que foi um mercado que “explodiu” durante a pandemia e que os acessórios são alternativa confortável “em lugar de deixar os animais em gaiolas”.
Para as montadoras, ele vê o negócio de acessórios mais como um apelo estratégico para fidelizar o cliente do que uma alternativa para aumentar a receita financeira.
Venda maior
Luis Felipe Teixeira, diretor de peças e acessórios da General Motors, afirma que as vendas nesse segmento cresceram mais de 20% no último ano muito em função da maior oferta de produtos e de novos hábitos do consumidor.
Com aumento de 170% no faturamento com acessórios em 2021, a BMW tem como campeão de vendas tapetes de borracha para a área de passageiros e o porta-malas com bordas altas para evitar, por exemplo, que areia, terra e água se espalhem. Também tem cabide acoplado atrás do banco do condutor para levar paletós ou outras vestes sem amarrotá-las. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)