AutoIndústria
Ainda novata no Brasil, com produção local desde 2017, a Caoa Chery já é a 9ª marca de automóveis mais vendida no mercado interno e agora começa a arregaçar as mangas para brigar com maior relevância no segmento de elétricos. A montadora, que já oferece versões importadas movidas a bateria, promete importar da China, ainda este ano, o EQ1, subcompacto que tem potencial para ser o elétrico mais barato do País.
Mas a exemplo de outras marcas, a oferta de veículos elétricos vem acompanhada de movimentos para assegurar que o consumidor identifique nesses automóveis vantagens econômicas e ecológicas, mas também condições de rodar distâncias cada vez maiores seguros de que terá acesso a fontes de energia.
Uma dessas medidas foi anunciada nesta terça-feira, 26, e envolve ampla parceria com oito empresas. Batizada de Aliança pela Mobilidade Sustentável, a iniciativa visa assegurar um maior mercado para carros elétricos, que somaram pouco menos de 3 mil unidades vendidas em 2021, com a ampliação da infraestrutura de carregamento.
A parceria, liderada pela empresa de mobilidade 99 e que tem ainda Ipiranga, Movida, Raízen, Tupinambá Energia, Unidas e Zletric, trabalhará com o cenário de que os carros elétricos possam responder por 10% das vendas até 2030 e que, para tanto, serão necessárias 10 mil estações públicas de carregamento.
“São iniciativas como essa que fortalecerão a mudança de paradigma e estimularão o País a desenvolver uma infraestrutura compatível com essa nova forma de dirigir. A longo prazo, isso pode beneficiar os custos de produção e a mudança para veículos cada vez menos poluentes”, afirma Ethan Zhang, CEO da planta de Jacareí da Caoa Chery.
Um empurrão da parceria para que mais automóveis elétricos estejam em circulação em menor prazo será incentivar a diminuição de barreiras, leia-se custos, para que os motoristas associados da 99 possam adquiri-los ou alugá-los por menores valores, afirma Thiago Hipólito, diretor do DriverLAb da 99, centro de inovações criado em março com investimento previsto de R$250 milhões nos próximos três anos, sendo R$100 milhões ainda em 2022.
O objetivo do DriverLAB é, segundo a empresa, é “proporcionar mais bem-estar aos motoristas parceiros, com soluções de cuidado que ampliam seus ganhos, diminuem seus custos e promovem mais acesso a serviços”.
A empresa conta com 750 mil motoristas-parceiros no País e a ideia é que, já em 2022, 300 automóveis da 99 sejam elétricos. O próximo passo estipulado é chegar a 10 mil veículos até 2025 e, por fim, tornar toda a frota zero emissão até 2030.
“Temos experiência no mercado chinês, onde operamos mais de 30% de todas as estações de carregamento públicas por uma rede de parcerias. Esse conhecimento é vital para planejar a infraestrutura no Brasil”, afirma Hipolito. (AutoIndústria)