Com foco no luxo, novo Range Rover tem opções híbridas e logo virá ao País

O Estado de S. Paulo 

 

O novo Range Rover já está a caminho do Brasil e deve chegar entre julho e agosto na versão First Edition. Fomos aos Estados Unidos andar na quinta geração do SUV de topo da Land Rover, que mantém a opção do motor V8, mas promete acelerar a eletrificação da marca britânica. Para isso, ganhou versões híbridas, incluindo uma plug-in (recarregável, em tomadas), que roda até 113 km no modo 100% elétrico. A filial brasileira não revela quais opções virão. Porém, o mais provável é que o SUV estreie aqui com o motor 3.0 turbodiesel de 350 cv e 71,4 mkgf combinado ao sistema híbrido leve. Assim, a tabela deverá ficar entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão.

 

Seja como for, o modelo de topo da Land Rover mantém o foco no extremo luxo. Entre os destaques, há ajustes elétricos para os bancos traseiros e sistema de redução de ruídos. Com isso, o interior da cabine fica totalmente silencioso.

 

A bordo, aliás, além de materiais como madeira de lei e metal de alta qualidade, há muita tecnologia. Segundo a marca, o novo SUV tem cerca de 7 mil chips. No painel, uma tela de 13,1 polegadas serve ao sistema multimídia e reúne vários comandos. Dá para ajustar desde o ar-condicionado e o som, até a suspensão, que pode ser elevada em dois níveis para trechos de off-road ou rebaixada para facilitar o embarque e a saída de carga e pessoas.

 

Experimentamos quase toda a gama do novo SUV, exceto a versão Plug-in Hybrid. Na com entre-eixos longo, só há quatro assentos. Os de trás são reclináveis e têm apoios extras para as pernas, como as da classe executiva dos aviões.

 

Múltiplos ajustes e níveis de massagem, aquecimento e resfriamento estão disponíveis. Assim como telas, fones de ouvido sem fio, frigobar, porta-copos e uma mesa retrátil. Todos esses mimos vinham na série Autobiography da geração anterior, que foi vendida aqui por R$ 1 milhão.

 

Os 12 alto-falantes da marca Meridian ajudam a tornar os passeios ainda mais imersivos, como se não houvesse um mundo lá fora. Há várias entradas USB-C e carregadores por indução muito potentes, que não superaquecem o celular.

 

No painel, quase não há botões físicos. Uma dezena de câmeras de alta resolução auxiliam o motorista em manobras de estacionamento e para vencer trechos na terra.

 

Os 3 metros de entre-eixos garantem farto espaço a bordo. Além disso, o SUV tem sua própria rede de Wi-fi. Porém, não se sabe como vai funcionar no Brasil. O mapa do navegador GPS é projetado na tela central, no painel e no vidro, por meio do Head-up display.

 

O sistema de conectividade é tão funcional que dispensa o uso e recursos do Android Auto e do Apple Carplay. Além disso, a alavanca do câmbio é do tipo joystick.

 

Em movimento, o novo Range Rover é tão estável que suas respostas lembram as de carros compactos. Colaboram com isso a suspensão pneumática e a tração 4×4 de série.

 

Além do modo Sport, grandes borboletas atrás do volante para trocas manuais do câmbio de oito marchas alegrarão quem gosta de uma tocada mais nervosa. Aliás, para esse público há a versão com o 4.4 V8 biturbo a gasolina. São ótimos 530 cv e 76,5 mkgf.

 

O Brasil também deve receber a 510PS Plug-in Hybrid, que roda 113 km só com eletricidade. O 3.0 a gasolina de seis cilindros em linha é combinada ao elétrico de 105 kw. Em pontos de recarga rápida, com 50 kw, dá para repor 80% das baterias em menos de uma hora, segundo a Land Rover. (O Estado de S. Paulo/Diogo de Oliveira)