CNN Curitiba
O Paraná teve aumento de 1,3% na produção industrial no mês de fevereiro, em comparação ao primeiro mês do ano, e ficou na 8ª posição entre as 15 regiões analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa alta ultrapassou a média nacional, que registrou 0,7% de aumento.
O Paraná também se destacou em relação aos estados vizinhos. A performance foi melhor que a de Santa Catarina e de São Paulo, ambos com 1,1% de alta. Já o Rio Grande do Sul manteve a estabilidade.
Mesmo com a alta conquistada no começo do ano, na comparação com o mesmo período de 2021, o resultado apontou uma ligeira queda de 0,9%. Esse resultado se repetiu no acumulado do primeiro bimestre de 2022, com quase -3%. Já nos últimos 12 meses, a produção da indústria indicou avanço de 7,5%.
Conforme o economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Thiago Quadros, em 2021, dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) mostraram que a indústria foi o setor da economia que mais contribuiu para o crescimento do Produto Interno Bruto do estado. O levantamento apontou que o PIB do Paraná cresceu pouco mais de 3%. A indústria teve uma participação importante nessa evolução, de cerca de 9%. O economista comentou que a pandemia afetou a produção industrial em 2020, que se recuperou no segundo semestre de 2021 e conseguiu gerar empregos.
Thiago Quadros explicou que outras situações também influenciam os resultados da produção industrial do Estado, como, por exemplo, o preço do petróleo.
O economista ressaltou que os dados de fevereiro não contemplam o conflito entre Rússia e Ucrânia. Além disso, as altas da inflação e o maior Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrado desde 1994, atingiram a produção industrial.
Das 13 áreas pesquisadas pelo IBGE, em relação ao mês de fevereiro de 2021, apenas cinco tiveram desempenho positivo. Os setores mais produtivos da indústria foram bebidas, com quase 21%, seguido de cerca de 13% do setor automotivo, máquinas e equipamentos apresentaram crescimento de pouco mais de 10%. Já celulose e papel tiveram alta de cerca de 3% e madeira apenas 0,4%. Outro dado importante foi do setor alimentício, um dos mais relevantes do estado, que encolheu 1,1%. (CNN Curitiba)