O Estado de S. Paulo
Além de lançar a Frontier 2023, a Nissan informou que vai investir US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão na conversão direta) em sua fábrica em Resende (RJ). Além de modernizar o complexo, a empresa pretende produzir novos modelos. De acordo com o chefe de operações globais da Nissan, Ashwani Gupta, os recursos serão aplicados até 2025. “Vamos produzir veículos mais limpos, com foco na preservação do meio ambiente”, afirma o executivo.
Embora a empresa não confirme, a principal aposta nessa direção será a versão híbrida do Kicks. O SUV compacto feito em Resende receberá o sistema e-power, que já é oferecido em outros países.
Trata-se de um motor a combustão que funciona como um gerador de eletricidade. Ou seja, o Kicks híbrido será movido por um motor 100% elétrico alimentado por baterias.
Na Tailândia, por exemplo, o sistema utiliza um três-cilindros de 1,2 litro a gasolina e um pacote de baterias de íons de lítio. No Brasil, o Kicks deverá ter tecnologia flexível. Portanto, será ainda menos poluente que o modelo tailandês.
Aliás, a Nissan vem apostando fortemente no combustível de origem vegetal. Um dos investimentos mais promissores é no desenvolvimento de uma célula a etanol. O dispositivo deverá chegar ao mercado entre 2025 e 2030.
Durante o evento em que o anúncio foi feito, no palco onde estavam os executivos havia uma Frontier 2023 e um SUV elétrico Ariya. Entretanto, o utilitário com estilo de cupê não deve vir ao Brasil. O carro foi utilizado para mostrar as novas tecnologias da marca.
A fábrica de Resende voltou a operar em dois turnos. Com isso, a produção do Kicks, o único Nissan feito no País, será ampliada em cerca de 60%. Ou seja, serão fabricadas 270 unidades por dia.
Foram contratados 578 funcionários desde outubro. “Esperamos retomar a liderança do segmento”, diz o diretor da Nissan América do Sul, Guy Rodríguez. (O Estado de S. Paulo/Vagner Aquino e Tião Oliveira)