Indústria de motos inicia o ano com desempenho positivo

AutoIndústria

 

Com 83.696 unidades saindo das linhas instaladas no PIM, Polo Industrial de Manaus, a indústria de motocicletas, ao contrário dos fabricantes de veículos leves, iniciou o ano com desempenho positivo. O setor registrou alta de 56,1% sobre o mesmo mês do ano passado (53.631) e de 9,6% em relação a dezembro (76.359).

 

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, admite que a nova onda de contaminações pelo coronavírus, provocada pela variante Ômicron, provocou falta de muitos colaboradores nas fábricas e comprometeu o ritmo das linhas de produção: “Mas, felizmente, não houve nenhuma paralisação como aconteceu no início do ano passado, o que explica a expansão no comparativo interanual”.

 

Por causa do absenteísmo, a oferta da indústria de motos segue abaixo da demanda nas concessionárias, que registra filas de espera principalmente nas faixas de modelos de baixa cilindrada e scooters. “Em dezembro, o volume de produção foi menor devido às férias coletivas e nossa expectativa era de acelerar a curva em janeiro, o que não foi possível. Acreditamos que a recuperação da produção deverá acontecer somente a partir de março”, avalia Fermanian.

 

No varejo, as vendas totalizaram 89.661 motocicletas em janeiro, volume 20,2% inferior ao de dezembro, mas 4,5% maior do que o verificado no mesmo mês do ano passado (85.798 motocicletas). Na avaliação do presidente da Abraciclo, o recuo com relação a dezembro já era previsto por questões de sazonalidade.

 

“Acreditamos que a demanda pelo modal deve continuar aquecida. A motocicleta é um veículo ágil, econômico, com preço acessível e baixo custo de manutenção. Além disso, os preços dos combustíveis contribuem para aumentar o número de pessoas que optam pelo veículo de duas rodas”, afirma Fermanian.

 

Nesse contexto, Fermanian destaca o crescimento dos emplacamentos das Scooters. “Apesar de ter 9,8% de participação no mercado, esse modelo ganha cada vez mais espaço nas ruas e avenidas, graças à sua praticidade, versatilidade e baixo consumo de combustível. Além disso, é fácil de pilotar graças à tecnologias como o câmbio automático, freios combinados ou com ABS e sistema Start&Stop”, lembra o executivo.

 

A Street, com 46.200 unidades emplacadas e 51,5% do mercado em janeiro, foi a categoria mais licenciada. Em segundo lugar, ficou a Trail (15.832 unidades e 17,7% de participação), seguida pela Motoneta (13.160 motocicletas e 14,7%). (AutoIndústria)