Mercado brasileiro de veículos comerciais cresce e acentua disputa entre VW e Mercedes-Benz

Truck & Bus Builder America Sul

 

O mercado brasileiro de veículos comerciais iniciou 2022 com a venda de 8.517 caminhões e crescimento de 17,33% sobre o resultado de janeiro de 2021, quando foram comercializadas 7.259 unidades. As vendas de ônibus atingiram 1.368 unidades com elevação 3,32% em relação aos 1.324 veículos vendidos no mesmo mês de 2021.

 

Em relação ao desempenho do mercado brasileiro em dezembro do ano passado, houve retração de 28,94% no segmento de caminhões, em comparação com as 11.985 unidades vendidas em dezembro de 2021, e de 10,94%, em ônibus sobre as 1.536 unidades faturadas.

 

O mercado começou o novo ano com acentuada disputa entre a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Mercedes-Benz no segmento de caminhões. A VWCO iniciou o ano mantendo a liderança conquistada no último trimestre de 2021, com o total de 2.345 unidades vendidas e a participação de 27,53% do mercado. A Mercedes-Benz atingiu 2.309 caminhões e 22,11% de participação, com diferença de apenas 36 unidades e 0,41% de participação do mercado. Esse início rigorosamente equilibrado sugere que a disputa será intensa ao longo de todo o ano.

 

Mas a Mercedes-Benz continua forte na liderança de venda de ônibus, com o faturamento de 660 unidades no mês de janeiro, o que corresponde a 48,28% do mercado. Em segundo lugar ficou a Marcopolo, com a marca de micro-ônibus Volare, com 344 unidades vendidas, e 17,40% de participação, desbancando a Volkswagen Caminhões e Ônibus, em terceiro lugar.

 

O presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Maurício Andretta Júnior, informou que os resultados de janeiro foram influenciados pela escassez de insumos e de componentes, especialmente microprocessadores – que impediram as fábricas de produzirem normalmente -, dos baixos estoques nas concessionárias, devido à sazonalidade do período, da alta de juros, que restringiu a aprovação de créditos para financiamento, e pelo aumento das taxas de inflação.

 

Andretta Júnior acrescentou que janeiro é um mês em que a renda familiar fica comprometida em consequência de impostos e gastos com matrículas e compra de materiais escolares. Outros fatores comprometeram as vendas foram as fortes chuvas em algumas regiões e a seca em outros pontos do país, e ainda o risco de contágio das pessoas, pela variante ômicron, que provocou a queda nas visitas às lojas.

 

Caminhões – classificação por marca

Modelo – Vendas – %

 

1 – VW/MAN – 2.345 – 27,53

2 – Mercedes-Benz – 2.309 – 27,11

3 – Volvo – 1.726 – 20,27

4 – Iveco – 848 – 9,96

5 – Scania – 683 – 8,02

6 – DAF – 528 – 6,20

7 – JAC – 38 – 0,45

8 – Hyundai – 25 – 0,29

9 – Agrale – 5 – 0,06

10 – Ford – 5 – 0,06

 

Ônibus – Classificação por marca

Modelo – Vendas – %

 

1 – Mercedes-Benz – 660 – 48,26

2 – Marcopolo – 344 – 25,15

3 – VW MAN – 238 – 17,40

4 – Volvo – 53 – 3,87

5 – Ford – 34 – 2,49

6 – Iveco – 29 – 2,12

7 – Scania – 6 – 0,44

8 – Agrale – 3 – 0,22

9 – BYD – 1 – 0,08

 

Caminhões mais vendidos

Modelo – Segmento – Unidades

 

1 – Volvo FH 540 – Pesado – 776

2 – DAF XF – Pesado – 499

3 -VW Delivery 11.180 – Médio – 393

4 – Volvo FH 460 – Pesado – 310

5 – Volvo VM 270 – Semipesado – 298

6 – M-B Accelo 1016 – Leve – 291

7 – Scania R450 – Pesado – 263

8 – VW Delivery 9.170 – Leve – 245

9 – VW MAN 24.480 – Semipesado – 233 10 – M-B Atego 2426 – Semipesado      216

(Truck & Bus Builder America Sul)