O Estado de S. Paulo
A produção industrial subiu 3,9% em 2021 em relação ao ano anterior, conforme a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior avanço anual desde 2010, mas insuficiente para recuperar as perdas de 2020, quando o tombo de 4,5% na produção foi marcado pela pandemia de covid-19.
Na comparação mensal, a produção industrial subiu 2,9% em dezembro em relação a novembro, a primeira alta desde maio de 2021. Interrompeu uma sequência de seis meses de desempenhos negativos ou com variação nula. Foi a maior alta desde agosto de 2020, quando avançou os mesmos 2,9% ante julho daquele ano. O IBGE também divulgou que revisou o resultado da produção industrial em novembro ante outubro de 2021, de uma ligeira queda de 0,2% para variação nula. A taxa de outubro ante setembro passou de -0,6% para -0,5%.
A alta de dezembro ocorreu em 20 dos 26 setores investigados, e foi puxada pelo salto de 12,2% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias e pelo avanço de 2,9% na fabricação de produtos alimentícios.
O avanço de 2,9% produção industrial em dezembro ante novembro foi “fora do padrão”, segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Ele ressalva que 2021 era mesmo para ser marcado por forte alta, em razão da queda de 2020, e que houve uma desaceleração: em agosto passado, por exemplo, a produção industrial registrava avanço de 7,2% no acumulado em 12 meses. Essa alta foi minguando mês a mês. (O Estado de S. Paulo/Vinicius Neder e Cícero Cotrim)