AutoIndústria
No balanço anual do consórcio de veículos, os pesados foram o que tiveram melhor desempenho no ano passado, tanto em adesões como em negócios realizados. A venda de novas cotas de caminhões, ônibus, implementos e máquinas agrícolas teve alta de 68%, enquanto a de automóveis e comerciais leves cresceu em 10,7% e a de motocicletas, 6,7%.
Na soma dos três segmentos, houve 2,76 milhões de adesões, número 11,7% superior ao de 2020 (2,47 milhões). O número de participantes ativos chegou a 6,81 milhões, expansão de 4,6%, e o volume de créditos comercializados chegou a R$ 128,54 bilhões em 2021, total 32,9% superior ao do ano anterior (96,72 bilhões).
De acordo com a Abac, Associação Brasileira das Administradoras do Consórcio, o sistema bateu recordes históricos em todos os seus indicadores no ano passado. “Os números demonstram a capacidade dessa modalidade de venda além das expectativas quando comparada a outros setores”, destaca Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da entidade.
Ao projetar os negócios para este ano, Rossi comentou que, apesar das turbulências de um ano eleitoral, o sistema poderá repetir o bom desempenho alcançado em 2021. “Enquanto as boas perspectivas apoiam-se no crescente aumento de conhecimento do consumidor sobre educação financeira, a expectativa é que o planejamento seja incorporado na rotina do brasileiro. O indicativo de inflação em alta acaba favorecendo o consórcio, pois nesse cenário o consumidor fica mais cauteloso ao adquirir bens e serviços”.
No segmento de pesados, a venda de novas cotas passou de 108,8 mil em 2020 para 182,6 mil no ano passado e o volume de créditos comercializados teve a expressiva alta de 86,5%, atingindo R$ 39,20 bilhões. Tal expansão reflete, em parte, o aumento do tíquete médio no segmento, que avançou 15,9%, para R$ 272,67 mil.
No caso dos veículos leves, foram vendidas 1,45 milhão de novas cotas e o volume de créditos comercializados teve salto de 19,5%, chegando a R$ 72,8 bilhões. No consórcio de motos, houve mais de 1,12 milhão de adesões, com R$ 16,52 bilhões de créditos comercializados, alta de 11,8% sobre o ano anterior (R$ 14,8 bilhões). (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)