GM anuncia mudança nos motores nacionais para o Proconve L7

Jornal do Carro

 

Em janeiro de 2022, a nova fase do Proconve (Programa de controle de emissões veiculares) entrará em vigor. Denominada de ”L7”, essa resolução visa reduzir os níveis de emissões dos carros 0km e, por isso, vem fazendo com que as montadoras corram contra o tempo aqui no Brasil. Assim, depois do Grupo Stellantis ter mudanças, chegou a vez de a GM divulgar suas adaptações.

 

De acordo com o anúncio oficial da montadora, a proposta é se adequar à nova lei reduzindo as emissões dos carros em até 43%. Dessa forma, as principais modificações vão acontecer na distribuição de combustível dos veículos, nos sistemas de exaustão e no armazenamento.

 

”A GM anunciou seu compromisso de se tornar uma empresa neutra em carbono até 2040 e estamos avançando globalmente neste sentido. Parte importante deste processo é tornar cada vez mais sustentáveis nossos veículos a combustão até a migração do mercado para os carros 100% elétricos, os únicos com zero emissão”, comentou o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro.

 

Mudanças

 

Com a nova lei, muitos motores vão passar por transformações ou deixarão de existir. No caso da GM, além das alterações mencionadas, outros ajustes também deverão ser feitos. Um deles, por exemplo, é a mudança em alguns dados do software interno, conectados ao motor e ao câmbio.

 

Além disso, vale mencionar que, segundo as informações, o sistema que controla a emissão de vapores tóxicos será reprogramado. Esse, auxilia no processo de abastecimento, redução e evaporação de combustível.

 

Alteração de motor?

 

Mesmo com as adaptações, a Chevrolet afirmou que os modelos não vão perder desempenho. Afinal, números como potência e torque vão permanecer iguais aos atuais. Contudo, algumas mudanças serão óbvias para os condutores da marca.

 

Uma das principais é a retirada de linha (para os carros flex e a gasolina) do tanquinho de partida a frio. Ou seja, o tanque auxiliar de combustível. O Jornal do Carro chegou a falar sobre esse sistema e como ele caiu em desuso nos carros mais modernos. Sendo assim, modelos como a Chevrolet Spin, que ainda utilizam essa alternativa, deverão adotar os bicos injetores, que também facilitam a partida com etanol no frio.

 

Outras evoluções incluem a adaptação do painel, que agora ganha uma luz que indica auxílio à ignição. Bem como o conversor catalítico, que, dessa vez, traz uma química para multiplicar a durabilidade e eficiência.

 

No caso da motorização a diesel, a marca confirmou que será utilizado um novo filtro de escape para reduzir até 95% a emissão de particulados na atmosfera. Para se ter uma ideia, esse motor faz parte da picape S10 e do SUV Trailblazer.

 

Montadoras iniciam processo de adaptação

 

Além da GM, outras montadoras também já anunciaram as mudanças que serão feitas a partir do começo do ano que vem. A Renault vai promover ajustes no motor 1.0 de 70 cv e 9,8 kgfm de torque com o lançamento do novo Kwid, previsto para as próximas semanas.

 

Já no caso da Fiat, vai acontecer uma redução de desempenho. Isso porque o motor 1.3, que equipa a versão de entrada do novo SUV Pulse, terá reduções na potência e torque. A montadora italiana, ainda, vai aposentar o 1.8 E.torq, atualmente no Argo, Cronos, Toro e Jeep Renegade. Além disso, o Doblò finalmente sairá de linha junto com o motor.

 

Por fim, a Volkswagen também está fazendo suas mudanças. Para cumprir os novos limites do Proconve L7, o novo Polo Track poderá usar o motor 1.0 turbo que equipava o Up! TSI até o começo deste ano. Ou seja, estamos falando da versão mais mansa, com 105 cv de potência e um torque máximo de 16,8 mkgf com etanol.

 

Relembre a Proconve L7

 

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), a nova fase da L7 busca reduzir de 1,5 g para 0,5 g a emissão de poluentes. E ela será bem rígida. Até porque os veículos, fabricados a partir do ano que vem, terão que passar por testes de trânsito para provarem que atendem aos limites impostos.

 

Além disso, outra exigência da resolução, que está na sétima fase da legislação, é de que o modelo precisa garantir essa redução de emissão por 160 mil km, ou 10 anos. (Jornal do Carro/Jady Peroni)