Relação de preços entre carros novos e usados deve se normalizar em 2022

Jornal Cruzeiro do Sul/Agência Estado

 

A distorção nos preços de carros usados comparados aos valores de veículos novos só deve ser normalizada no segundo semestre do ano que vem, disse na semana passada Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, associação que representa as montadoras de veículos. “Essa distorção de preço está acontecendo pela limitação de veículos novos, isso aumenta demanda por usados. Isso deve se normalizar quando conseguirmos equilibrar produção e voltar a ofertar produtos de veículos novos”, comentou.

 

Atualmente, falta de peças causada sobretudo por uma crise global na oferta de semicondutores, o que afeta as linhas de montagem, e uma crise logística, com a escassez mundial de contêineres, afeta a produção de novos carros. Com isso, a demanda por veículos usados cresceu.

 

Segundo Moraes, a proporção de carros usados vendidos ante os novos, que geralmente é de 1 novo veículo vendido para cada 2 ou 3 usados, chegou hoje a 1×6. “Não é normal”, disse.

 

O presidente da Anfavea ainda afirmou ser contrário ao projeto de lei 237/2020, que prevê a importação de carros usados. “Isso não é coisa de país moderno”, disse, destacando que, além de causar uma disrupção no mercado, a importação de carros usados ainda teria impactos ambientais que poderiam fugir do controle do governo. (Jornal Cruzeiro do Sul/Agência Estado)