Com demanda aquecida, setor de máquinas contrata mais em 2021

Jovem Pan

 

As máquinas estão em campo semeando uma nova safra de grãos no Brasil. Algumas das plantadeiras são novinhas, novinhas. Acabaram de sair da indústria. É que a recente alta das commodities melhorou a rentabilidade em alguns setores, especialmente para culturas exportáveis, e aumentou o desejo por renovar o parque de máquinas. Com o mercado aquecido, foi necessário aumentar a jornada de trabalho e ampliar as contratações. A Abimaq Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) afirma que o nível de emprego na indústria cresceu 18,6% na comparação entre agosto de 2021 e agosto de 2020, totalizando mais de 365 mil funcionários.

 

Neste ano, a previsão é de crescimento de 40% nas vendas do setor. Com a alta do aço e as dificuldades logísticas, algumas consultorias apontam que o preço da máquina no Brasil está quase o dobro do que estava há um ano. Ainda assim, o interesse no investimento seguiu firme e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou o esgotamento de recursos do Moderfrota, uma das principais linhas de crédito para modernização da frota de tratores e implementos agrícolas pelo Plano Safra 21/22.

 

A demanda firme se juntou aos desafios logísticos, e algumas empresas do setor de máquinas tiveram que emitir nota aos clientes, anunciando a suspensão de pedidos de colheitadeiras, plantadeiras e tratores para 2022 em função das dificuldades para atender as solicitações que chegam. Ao que tudo indica, o setor de máquinas ainda entrará em 2022 com produção aquecida pelo recente boom das commodities, e isso tende a continuar favorecendo o mercado de trabalho brasileiro, com contratações e jornadas mais intensas para dar conta das entregas programadas. (Jovem Pan/Kellen Severo)