O Estado de S. Paulo
A previsão de entidades de classe do setor automotivo e economistas é de que o mercado de carros usados vai crescer em ritmo mais moderado em 2022, enquanto o de novos tende a melhorar seu desempenho. A expectativa é de que no segundo semestre a falta de semicondutores estará controlada.
A previsão do Bradesco é de alta de 2,5% na venda de usados, para 12 milhões de unidades, e de 7,5% para os novos, somando 2,2 milhões de unidades.
Renan Bassoli Diniz, economista do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos do Bradesco, lembra que há demanda, mas a oferta continuará prejudicada no primeiro semestre.
Ele avalia que o mercado de novos perdeu o melhor momento para se recuperar rapidamente e voltar ao nível pré-pandemia, quando houve estímulos financeiros do governo à população e os juros estavam mais baixos. “O ano de 2022 terá menos estímulos, juros mais altos, período de volatilidade eleitoral e espera-se alta do PIB menor que a deste ano”, ressalta Diniz.
Eduardo Jurcevic, da Webmotors, está mais otimista. Pesquisa feita pela empresa em julho com 4,2 mil consumidores indica que 75% deles têm intenção de adquirir carro novo ou usado ainda este ano, 7% desistiram da compra e 18% vão comprar em 2022. “O carro está mais caro, mas ainda tem crédito no mercado”, diz. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)